Mercado do açúcar retoma patamar de 16 cents em Nova Iorque e fica atento para alta do petróleo
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Nesta sexta-feira (20), o mercado do açúcar recupera o patamar de 16 cents de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova Iorque, após ter perdido essa referência no último fechamento. O contrato julho/25 é negociado a 16.11 cents, com alta de 1,45%, enquanto o outubro/25 é cotado a 16.55 cents, avanço de 1,47%. Segundo dados da Barchart, o cenário energético global segue influenciando diretamente o setor sucroenergético. Enquanto os Estados Unidos utilizam o milho para produção de etanol misturado à gasolina, o Brasil, maior produtor mundial de cana-de-açúcar, direciona parte significativa da sua cana para a fabricação de etanol. Com isso, a valorização do petróleo bruto e da gasolina pode pressionar os preços futuros do açúcar, pois o aumento da demanda por biocombustíveis tende a reduzir a oferta do adoçante para exportação.
Além disso, a crescente tensão geopolítica no Oriente Médio pode provocar novas altas nos preços do petróleo e da gasolina nas próximas semanas. Se confirmadas, essas elevações poderão elevar o consumo interno de açúcar no Brasil, à medida que as usinas optam por produzir mais etanol. Esse cenário reduz a disponibilidade de açúcar no mercado internacional, o que sustenta os preços do adoçante. Dessa forma, ao contrário do que se imagina, valores mais altos da energia não são necessariamente negativos para os contratos futuros de açúcar e podem trazer suporte adicional aos preços.
No Brasil, a moagem avança com força. Na segunda quinzena de maio, as unidades do Centro-Sul processaram 47,84 milhões de toneladas de cana, superando as 45,36 milhões do mesmo período da safra 2024/25. No acumulado da temporada 2025/26 até o final de maio, foram moídas 124,77 milhões de toneladas, frente a 141,54 milhões no mesmo intervalo do ciclo anterior, retração de 11,85%.
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