Itaú BBA projeta queda na moagem de cana no Centro-Sul na safra 2025/26
O cenário macroeconômico global continua sendo o principal motor das variações recentes nos preços internacionais do açúcar. No Brasil, o início mais lento da safra no Centro-Sul, impactado pelas chuvas acima da média histórica de abril, tem gerado atenção no setor, embora ainda tenha influenciado um pouco os preços até o momento. Segundo a UNICA, a moagem no mês de abril foi de 34,2 milhões de toneladas de cana, ante 51,1 milhões no mesmo período do ano anterior.
A estimativa do Itaú BBA para a safra 2025/26 aponta uma moagem de 590 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul, o que representa uma redução de 5% em relação ao ciclo anterior. Essa queda deve ser mais acentuada em regiões como o oeste e o noroeste paulista, enquanto áreas do Paraná e do Mato Grosso do Sul tendem a registrar produtividade acima da registrada na última safra.
Apesar da menor moagem, a produção de açúcar deve crescer. Com um mix de açucareiro projetado em 52% e um ATR médio de 141 quilos por tonelada de cana, a estimativa é de uma produção de 41,2 milhões de toneladas de açúcar, o que representa um avanço de 2,7% na comparação com o ciclo anterior.
As primeiras estimativas para a safra 2025/26 indicam um superávit de 2,6 milhões de toneladas, impulsionado principalmente pela recuperação da produção nos países asiáticos. Na Índia, as projeções climáticas apontam para monções antecipadas e volumes de chuva acima da média, favorecendo a safra. No Brasil, o risco de uma produção abaixo do esperado é reconhecido pelas usinas, mas ainda não está refletido nas expectativas do mercado.
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