Continuidade de baixa liquidez volta a afetar mercado do açúcar e cotações recuam mais de 1% em NY
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Após encontrar algum suporte nos preços do petróleo na sessão anterior, o mercado do açúcar volta a operar no campo negativo nesta quinta-feira (26). Os fundamentos baixistas, principalmente a baixa liquidez e o aumento da oferta global, voltam a pesar sobre as cotações. Na Bolsa de Nova Iorque, o contrato julho/25 é negociado a 15,68 cents de dólar por libra-peso, recuo de 1,88%, enquanto o outubro/25 é cotado a 16,36 cents, queda de 1,51%. Em Londres, o contrato de agosto é negociado a US$ 472,90 por tonelada, baixa de 1,27%.
Segundo informações da Barchart, os preços do açúcar acumularam forte queda nos últimos três meses, com a referência de Nova Iorque atingindo a mínima dos últimos quatro anos nesta semana. Um dos principais fatores é a perspectiva de superávit global. Em seu relatório semestral de 22 de maio, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou uma produção global recorde de 189,3 milhões de toneladas para 2025/26, crescimento de 4,7% em relação ao ciclo anterior, com um superávit global de 41,2 milhões de toneladas, alta de 7,5% ano a ano.
No Brasil, a safra segue em ritmo acelerado. Na segunda quinzena de maio, as unidades do Centro-Sul processaram 47,84 milhões de toneladas de cana, superando as 45,36 milhões do mesmo período da safra 2024/25. No acumulado da temporada 2025/26 até o final de maio, foram moídas 124,77 milhões de toneladas, uma retração de 11,85% em relação ao ciclo anterior, quando foram processadas 141,54 milhões de toneladas.
Além disso, a competitividade entre o açúcar e o etanol hidratado segue acirrada. O estreitamento no diferencial de preços tem levado algumas usinas do Centro-Sul a priorizar a produção de etanol. A atratividade pelo biocombustível deve se intensificar com o recente anúncio da implementação do E30, que eleva a mistura de etanol na gasolina para 30%, aumentando a demanda interna.
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