Preços do açúcar seguem pressionados por oferta robusta e demanda morna
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Sinais de que a produção de açúcar permanece elevada no Brasil, mesmo diante da recente queda nas cotações internacionais, continuam pesando sobre o mercado. Novas perdas foram registradas nesta quarta-feira (02), com o mercado fechando novamente negativo nas bolsas de Nova Iorque e Londres.
Em Nova Iorque, o contrato outubro/25 caiu 0,12 cents (0,76%), cotado a 15,58 cents/lbp. O março/26 perdeu 0,15 cents (0,91%), encerrando a 16,33 cents/lbp. O maio/26 recuou 0,15 cents (0,92%), negociado a 16,09 cents/lbp. O julho/26 teve baixa de 0,12 cents (0,74%), fechando a 16,13 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, os preços também registraram novas quedas. O agosto/25 cedeu 390 pontos (0,84%), cotado a US$ 458,80 por tonelada. O outubro/25 caiu 330 pontos (0,73%), a US$ 450,50. O dezembro/25 recuou 260 pontos (0,59%), negociado a US$ 441,80, e o março/26 perdeu 180 pontos (0,40%), encerrando a US$ 447,50 por tonelada.
Segundo avaliação do banco alemão Commerzbank divulgada pela Reuters, o recuo nos preços tende a persistir enquanto não houver indícios de cortes de produção por parte das usinas brasileiras.
Os números da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) revelaram que 51,54% da cana processada no Centro-Sul do Brasil nesta safra foi destinada à fabricação de açúcar, percentual superior aos 49,68% registrados no mesmo período do ano passado.
Segundo analistas consultados pela Reuters, mesmo com a recente desvalorização, o açúcar segue oferecendo melhor rentabilidade do que o etanol, o que mantém o direcionamento da matéria-prima voltado majoritariamente ao adoçante e limita sinais de retração na oferta.
"Enquanto não houver sinais de que as usinas de açúcar no Brasil estejam cortando a produção como resultado dos preços baixos, é provável que o declínio dos preços continue", disse o Commerzbank em uma atualização diária, segundo informações da Reuters.
Em relação à demanda, na terça-feira (01), dados da ICE Futures US mostraram que 45.112 toneladas de açúcar foram entregues em Nova York para liquidação do contrato de julho, que expirou na segunda-feira. Trata-se da menor quantidade entregue para um contrato de julho em 11 anos, apontando para uma demanda mais fraca no mercado.
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