Após feriado nos Estados Unidos, mercado do açúcar inicia a semana com leve recuo em Nova Iorque
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O mercado do açúcar inicia a semana em queda nesta segunda-feira (07), após a pausa nas negociações na sexta-feira (04), feriado de Independência dos Estados Unidos. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos com vencimento em outubro/25 são negociados a 16,34 cents de dólar por libra-peso, com recuo de 0,24%, enquanto os papéis para março/26 operam a 17,04 cents, baixa de 0,12%. Na Bolsa de Londres, os preços também recuam e o contrato agosto/25 é cotado a US$ 476,70 por tonelada, queda de 0,85%.
Apesar da pressão nos preços, as exportações brasileiras de açúcar registraram forte desempenho em junho. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados na última sexta-feira (5), o país exportou 3,36 milhões de toneladas do adoçante no mês, alta de 5,2% frente a junho de 2024. Este é o maior volume mensal embarcado desde novembro do ano passado, quando o Brasil exportou 3,39 milhões de toneladas. O avanço é impulsionado pela intensificação da colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul.
Segundo informações da Safras & Mercado, junho foi marcado por forte pressão baixista no mercado internacional. Na ICE, o açúcar bruto com entrega em outubro encerrou o mês cotado a 16,20 cents/lb, ante 17,23 cents/lb em 30 de maio, acumulando queda de 6%. Os preços seguem nos patamares mais baixos em mais de quatro anos.
A principal razão para a retração é a expectativa de uma safra robusta em 2025/26 nas principais origens da Ásia, com destaque para a Índia, favorecida pela chegada antecipada das chuvas de monção, que tendem a impulsionar o desenvolvimento dos canaviais e aumentar a oferta global.
No Brasil, os dados da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) indicam que a proporção de cana destinada à produção de açúcar subiu para 51,5% na primeira quinzena de junho, ante 49,7% no mesmo período do ano anterior. Isso mostra que, mesmo com os preços pressionados, o açúcar segue mais rentável que o etanol para as usinas.
Por outro lado, o cenário para o etanol também começa a mudar. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou recentemente o aumento da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, o chamado E30. Esse movimento pode tornar o etanol mais competitivo frente ao açúcar e levar as usinas a redirecionar parte da matéria-prima para a produção de biocombustíveis, o que ajudaria a reduzir a oferta global de açúcar e, com isso, estimular uma recuperação nas cotações futuras do adoçante.
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