Mercado do açúcar volta a subir nesta quinta-feira (24), mas oferta global tende a continuar limitando ganhos

Publicado em 24/07/2025 08:44 e atualizado em 24/07/2025 09:33

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Os preços do açúcar iniciam o pregão desta quinta-feira (24) em alta nas bolsas internacionais, mesmo após fortes quedas recentes. Em Nova Iorque, o contrato para outubro/25 é negociado a 16.52 cents de dólar por libra-peso, alta de 1,72%. O contrato para março/26 também sobe 1,36% e é cotado a 17.10 cents. Em Londres, o açúcar branco para outubro/25 é cotado a US$ 478,80 por tonelada, valorização de 1,57%.

Apesar do movimento positivo do dia, os preços continuam pressionados por fatores de oferta global. Na quarta-feira, os contratos haviam recuado para mínimas de 2 a 2,5 semanas, refletindo a especulação sobre um possível aumento das exportações indianas. Segundo informações da Bloomberg, o governo da Índia poderá permitir que usinas locais exportem açúcar na próxima temporada, que começa em outubro. A decisão tem como base as fortes chuvas da temporada de monções, que estão 6% acima da média histórica, conforme dados do Departamento Meteorológico da Índia.

Além disso, a perspectiva de aumento da produção no Brasil segue pressionando o mercado. O período é propício para aumento na colheita e moagem, sendo que as usina seguem priorizando a produção de açúcar em detrimento do etanol.  No entanto, o boletim "De Olho na Safra", do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), apontou queda na produtividade e na qualidade da cana-de-açúcar na região Centro-Sul em junho. A produtividade agrícola média (TCH) caiu 10,8% na comparação anual, de 88,9 para 79,3 t/ha, enquanto o ATR médio acumulado da safra caiu 3,1%, para 121,4 kg/tonelada. Como consequência, o indicador de toneladas de açúcar por hectare (TAH) caiu 11,5%, passando de 11,2 para 9,9 t/ha.

Na comparação mensal entre junho de 2025 e junho de 2024, o ATR recuou 4,4% e a produtividade teve queda semelhante. Para Henrique Mattosinho, gerente de Desenvolvimento de Mercado do CTC, o uso de genéticas modernas e mais produtivas, especialmente as variedades precoces, será fundamental para reverter o cenário.

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Por:
Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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