Açúcar recua pelo terceiro dia e fecha semana em baixa
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Os preços do açúcar encerraram a semana em queda nas bolsas de Nova York e Londres, pressionados principalmente pela perspectiva de aumento na oferta global, com destaque para a produção crescente no Brasil e um bom andamento da safra na Ásia, sobretudo na Índia.
Na Bolsa de Nova York, os contratos futuros caíram pelo terceiro pregão consecutivo nesta sexta-feira (1º). O vencimento outubro/25 recuou 0,17 cent, ou 1,04%, e fechou cotado a 16,18 cents por libra-peso. O março/26 caiu 0,19 cent (-1,12%), a 16,78 cents/lbp. O maio/26 teve baixa de 0,16 cent (-0,96%), encerrando a 16,51 cents/lbp, enquanto o julho/26 cedeu 0,13 cent (-0,79%), negociado a 16,42 cents/lbp.
Em Londres, as perdas também foram significativas. O contrato outubro/25 caiu US$ 2,80 (-0,60%), cotado a US$ 465,00 por tonelada. O dezembro/25 recuou US$ 3,30 (-0,72%), a US$ 457,50 por tonelada. O março/26 foi negociado a US$ 461,50 por tonelada, queda de US$ 3,70 (-0,80%), enquanto o maio/26 fechou a US$ 463,60 por tonelada, com baixa de US$ 3,80 (-0,82%).
Na comparação semanal, os preços do açúcar também acumularam perdas. Em Nova York, o contrato outubro/25 caiu 0,11 cent (-0,68%) em relação aos 16,29 cents/lbp da sexta anterior (25/07). O março/26 recuou 0,15 cent (-0,89%), frente aos 16,93 cents/lbp. O maio/26 teve queda de 0,11 cent (-0,66%) e o julho/26 perdeu 0,10 cent (-0,61%).
Em Londres, o outubro/25 acumulou baixa de US$ 6,00 (-1,27%) frente aos US$ 471,00 por tonelada da semana passada. O dezembro/25 caiu US$ 5,30 (-1,15%), o março/26 perdeu US$ 4,40 (-0,94%) e o maio/26 encerrou a semana com recuo de US$ 3,80 (-0,81%).
Os preços chegaram a mínimas recentes: em Nova York, o açúcar caiu para o menor patamar em uma semana; em Londres, atingiu o nível mais baixo em três semanas e meia.
Entre os fatores que pressionaram o mercado, destaque para a produção mais forte no Brasil. Segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), a produção de açúcar no Centro-Sul brasileiro aumentou 15% na primeira quinzena de julho, atingindo 3,4 milhões de toneladas. As usinas destinaram 54% da cana moída para a produção de açúcar, frente a 50% no mesmo período do ano passado.
A consultoria Datagro destacou que o clima seco nas regiões produtoras favoreceu o avanço da moagem e a priorização do açúcar em detrimento do etanol, o que contribui para um cenário de oferta ampliada.
Além disso, o mercado repercute informações da Bloomberg de que a Índia poderá liberar exportações de açúcar na próxima temporada, que se inicia em outubro, diante de uma safra potencialmente robusta. Segundo Gautam Goel, presidente da Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (ISMA), a produção líquida no país asiático pode alcançar 30 milhões de toneladas em 2025/26, acima das 26,1 milhões de toneladas do ciclo anterior.
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