Açúcar recua mais de 2% em NY e Londres com projeção de aumento de 5% na produção da Tailândia
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Após acumular uma sequência expressiva de altas, os preços do açúcar recuaram de forma acentuada nesta quarta-feira (1), registrando baixas superiores a 2% nas bolsas de Nova Iorque e Londres. O movimento reflete a pressão do cenário de oferta global, que voltou a ganhar força diante de novas projeções para a produção tailandesa.
Um dos principais fatores para a pressão negativa foi a revisão para cima na expectativa de produção da Tailândia. Segundo informações do Barchart, a Thai Sugar Miller Corp projetou nesta quarta-feira que a safra 2025/26 do país crescerá 5% em relação ao ciclo anterior, atingindo 10,5 milhões de toneladas. O aumento reforça o quadro de ampla oferta global do adoçante, já que a Tailândia é o terceiro maior produtor mundial e o segundo maior exportador de açúcar.
Em Nova Iorque, o contrato março/26 caiu 47 pontos, negociado a 16,13 cents/lbp (-2,83%). O maio/26 recuou 43 pontos, a 15,71 cents/lbp (-2,66%). O julho/26 perdeu 38 pontos, cotado a 15,60 cents/lbp (-2,38%), enquanto o outubro/26 encerrou em 15,85 cents/lbp, com queda de 33 pontos (-2,04%).
Na Bolsa de Londres, as quedas foram ainda mais expressivas. O dezembro/25 despencou US$ 15,50, para US$ 452,80 por tonelada (-3,31%). O março/26 caiu US$ 13,90, negociado a US$ 448,60 por tonelada (-3,00%). O maio/26 recuou US$ 12,60, cotado a US$ 448,40 por tonelada (-2,73%), enquanto o agosto/26 fechou em US$ 447,20 por tonelada, com baixa de US$ 11,80 (-2,57%).
Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última terça-feira, Mauricio Muruci, analista da Safras & Mercado, já havia ponderado que a sustentação dos preços deveria ser limitada. “Quando a gente tem um período de mais de uma semana de alta acumulada, a expectativa de realização de lucros é muito elevada. Como esses ganhos estão contextualizados dentro de uma tendência de baixa de longo prazo, há uma grande expectativa por realização de lucros”, explicou o analista.
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