Preços do açúcar voltam a cair, mas fundamentos de mercado devem evitar preços menores que 16 cents em NY
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Nesta quarta-feira (08), os preços do açúcar no mercado internacional recuaram, com o contrato de março/26 negociado a 16,37 cents de dólar por libra-peso em Nova Iorque, registando uma queda de 1,56%. O contrato de maio/26 tem cotação de 15,92 cents com declínio de 1,36%, enquanto o de julho está em 15,77 cents, baixando 1,38%. Em Londres, a tonelada é negociada a 453,20 dólares americanos no contrato de dezembro/25, com recuo de 1,05%.
Segundo análise da Barchart, os contratos futuros mundiais de açúcar na Intercontinental Exchange apresentaram desempenho misto no terceiro trimestre de 2025, registando alta de 4%, mas acumulando queda de 16,4% nos primeiros nove meses do ano. O preço em 30 de setembro de 2025 situava-se em 16,10 cents por libra-peso, mantendo-se relativamente estável desde o início de agosto. A cotação atual de 16,28 cents por libra representa uma recuperação face à mínima histórica de 15,44 cents registada em 2 de julho de 2025, quando os preços caíram 19,8%. Desde então, o mercado tem-se consolidado principalmente numa faixa entre 16 e 17 cents por libra-peso.
Numa perspetiva histórica mais ampla, os contratos futuros de açúcar sofreram uma queda significativa de mais de 45%, desde a máxima de novembro de 2023, quando atingiram 28,14 cents, até à mínima de julho de 2025. Esta correção contrasta com o comportamento de outras commodities agrícolas brasileiras, como o café arábica, o cacau e os contratos futuros de sumo de laranja concentrado congelado, que dispararam para máximas históricas. O Brasil, sendo o principal produtor mundial de açúcar, café em grão e laranja, enfrenta condições climáticas adversas, doenças nas culturas, aumento dos custos de produção e barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.
O cenário para o açúcar apresenta fatores otimistas que podem sustentar uma recuperação dos preços. O aumento dos custos de produção exerce pressão ascendente sobre as cotações, enquanto a consolidação técnica atual pode eventualmente resultar numa rutura em alta, seguindo o precedente estabelecido por outras commodities agrícolas dependentes da produção brasileira. As barreiras comerciais norte-americanas e as possíveis mudanças regulamentares sobre substitutos do açúcar nos Estados Unidos podem aumentar a procura, levando o açúcar a atingir um preço atrativo de 16,50 cents no contrato futuro de março de 2026 durante outubro de 2025.
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