Açúcar fecha semana com quedas acima de 3% em NY e fica abaixo dos 15 cents/lbp
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Os preços do açúcar encerraram a semana com fortes perdas nas bolsas internacionais, pressionados por perspectivas de maior oferta global e pela desvalorização dos combustíveis. Em Nova Iorque, as cotações acumularam baixas superiores a 3%, com o contrato março/26 negociado abaixo dos 15 cents/lbp. Em Londres, as perdas semanais ficaram acima de 2%.
Nesta sexta-feira (24), o contrato março/26 caiu 0,32 cent, cotado a 14,97 cents/lbp (-2,09%), enquanto o maio/26 recuou 0,30 cent, para 14,48 cents/lbp (-2,04%). O julho/26 perdeu 0,27 cent, a 14,36 cents/lbp (-1,85%), e o outubro/26 encerrou o pregão em 14,57 cents/lbp, queda de 0,27 cent (-1,82%).
Na comparação semanal, o março/26 recuou de 15,50 para 14,97 cents/lbp (-3,42%), o maio/26 de 14,99 para 14,48 cents/lbp (-3,40%), o julho/26 de 14,85 para 14,36 cents/lbp (-3,30%) e o outubro/26 de 15,07 para 14,57 cents/lbp (-3,32%).
Na Bolsa de Londres, o dezembro/25 caiu 650 pontos, para US$ 431,30/tonelada (-1,49%), enquanto o março/26 perdeu 820 pontos, a US$ 425,20/tonelada (-1,89%). O maio/26 recuou 820 pontos, para US$ 420,30/tonelada (-1,91%), e o agosto/26 fechou em US$ 415,80/tonelada, com baixa de 870 pontos (-2,05%).
Em relação à sexta-feira anterior, o dezembro/25 caiu de US$ 439,00 para US$ 431,30/tonelada (-1,75%), o março/26 de US$ 435,50 para US$ 425,20/tonelada (-2,36%), o maio/26 de US$ 433,70 para US$ 420,30/tonelada (-3,09%) e o agosto/26 de US$ 431,70 para US$ 415,80/tonelada (-3,68%).
Segundo Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, três fatores principais explicam as quedas recentes. O primeiro é a expectativa de aumento expressivo no superávit global da safra 2025/26, que deve saltar de 5,3 para 11,3 milhões de toneladas — um crescimento de 114% em relação à temporada anterior.
O segundo fator é início antecipado das chuvas no Centro-Sul do Brasil, ainda no início de outubro. De acordo com Muruci, os agentes internacionais entendem que o retorno antecipado das precipitações deve melhorar o nível dos canaviais e favorecer o desenvolvimento das lavouras na safra 2026/27.
O terceiro ponto também está relacionado à percepção dos agentes internacionais, que avaliam que a recente queda no preço da gasolina tem pressionado o etanol hidratado, reduzindo sua rentabilidade frente ao açúcar. “Com o etanol pagando menos, as usinas tendem a direcionar mais cana para a produção de açúcar, ampliando a oferta e pesando sobre as cotações”, explica Muruci.
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