Açúcar recua e atinge 13 cents por libra-peso com pressão de safras abundantes e baixa demanda
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Nesta quarta-feira (29), os contratos mais longos do açúcar recuaram para 13 cents de dólar por libra-peso, refletindo a contínua pressão da baixa demanda e das safras abundantes sobre os preços. Em Nova Iorque, o contrato de março de 2026 fechou a 14.25 cents (-0.84%), enquanto os contratos de maio e julho de 2026 encerraram em 13.92 cents (-0.71%) e 13.86 cents (-0.65%), respectivamente. Em Londres, o contrato de dezembro de 2025 também registrou queda, sendo negociado a US$ 414.20 por tonelada (-0.70%).
Os preços do açúcar têm enfrentado forte pressão nas últimas semanas, principalmente devido ao aumento da produção no Brasil e às projeções de um excedente global. Dados divulgados pela Unica em 16 de outubro mostram que a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de setembro cresceu 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 3,137 milhões de toneladas. Além disso, a proporção de cana destinada à produção de açúcar pelas usinas subiu para 51,17%, contra 47,73% no mesmo período de 2024. No acumulado da safra 2025/26 até setembro, a produção de açúcar no Centro-Sul aumentou 0,8% em relação ao ano anterior, totalizando 33,524 milhões de toneladas.
Adicionalmente, a consultoria Datagro projetou na última terça-feira que a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil para a safra 2026/27 deverá crescer 3,9% em relação ao ciclo anterior, atingindo um recorde de 44 milhões de toneladas. Esses números reforçam as expectativas de um mercado global com oferta excedente, mantendo os preços do açúcar sob pressão.
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