Açúcar fecha com forte queda diante de estimativa de maior produção pela Conab
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Os preços do açúcar voltaram a cair fortemente nesta terça-feira (04), pressionados pela revisão para cima das estimativas de produção no Brasil divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O aumento na projeção reforça o cenário de oferta abundante, levando as cotações a operarem pouco acima das mínimas registradas na semana passada.
Em Nova Iorque, o contrato março/26 caiu 0,43 cent (-3,0%), encerrando o pregão a 14,22 cents/lbp. O vencimento maio/26 perdeu 0,38 cent (-2,7%), para 13,85 cents/lbp, enquanto o julho/26 recuou 0,31 cent (-2,2%), a 13,82 cents/lbp. O contrato outubro/26 também fechou em baixa, com queda de 0,27 cent (-1,9%), cotado a 14,09 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o movimento foi semelhante. O contrato dezembro/25 registrou baixa de 990 pontos (-2,3%), a US$ 413,40/tonelada. O vencimento março/26 perdeu 850 pontos (-2,0%), para US$ 406,70/tonelada, enquanto o maio/26 cedeu 780 pontos (-1,9%), negociado a US$ 402,80/tonelada. Já o agosto/26 encerrou o dia em US$ 399,80/tonelada, com queda de 640 pontos (-1,6%).
Segundo análise do Barchart, “os preços do açúcar estão em forte queda hoje, pouco acima das mínimas significativas da semana passada. A pressão vem após a Conab elevar sua estimativa de produção de açúcar no Brasil para a safra 2025/26, de 44,5 milhões de toneladas para 45 milhões de toneladas”.
No relatório divulgado nesta terça-feira, a Conab elevou a projeção de produção de açúcar do Centro-Sul para 41,34 milhões de toneladas, e a do Brasil para 45,02 milhões de toneladas, o que representa um aumento anual de 2%.
De acordo com a companhia, o crescimento reflete o cenário de mercado favorável ao adoçante observado até julho, quando as usinas priorizaram o açúcar diante da rentabilidade superior em relação ao etanol. No entanto, nas últimas quinzenas, o setor tem destinado uma parcela maior da cana ao biocombustível, o que limitou um avanço ainda maior na oferta.
A Conab ressaltou ainda que a menor disponibilidade de cana-de-açúcar na safra atual impede um crescimento mais robusto da produção, apesar do bom desempenho industrial das usinas. Mesmo assim, o aumento estimado reforça a tendência de superávit global e mantém os preços internacionais sob pressão.
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