Açúcar cai novamente em NY, enquanto Londres tem alta pontual no março/26
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Os preços internacionais do açúcar encerraram esta terça-feira (18) novamente em baixa na maior parte dos contratos, ainda pressionados pela nova projeção de excedente global divulgada nesta semana pela Organização Internacional do Açúcar (OIA). A única exceção veio da Bolsa de Londres, onde o contrato março/26 registrou leve alta.
Em Nova York, o movimento foi novamente negativo. O contrato março/26 recuou 0,10 centavo (-0,68%), fechando a 14,70 cents/lbp. O maio/26 caiu 0,13 centavo (-0,90%) e terminou o dia a 14,24 cents/lbp. O julho/26 perdeu 0,13 centavo (-0,91%), negociado a 14,18 cents/lbp, enquanto o outubro/26 cedeu 0,11 centavo (-0,75%), encerrando o pregão a 14,50 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o desempenho foi misto. O março/26 avançou US$ 2,10 (+0,50%), cotado a US$ 420,20 por tonelada. Já os demais vencimentos recuaram: o maio/26 teve leve baixa de US$ 0,50 (-0,12%), para US$ 415,90 por tonelada; o agosto/26 caiu US$ 2,80 (-0,68%), negociado a US$ 411,70 por tonelada; e o outubro/26 encerrou com queda de US$ 3,80 (-0,92%), a US$ 410,10 por tonelada.
Segundo análise do Barchart, parte do movimento desta terça-feira foi influenciada por uma cobertura de posições vendidas após o Ministério da Alimentação da Índia afirmar que está avaliando elevar o preço do etanol usado na mistura com gasolina. Caso avance, a medida pode incentivar as usinas indianas a desviar mais cana para a produção do biocombustível, reduzindo a oferta de açúcar no mercado global.
Mais cedo, o Itaú BBA divulgou sua análise mensal sobre o setor e destacou que o sentimento predominante entre os agentes é de forte aumento na oferta mundial, apoiado especialmente por expectativas positivas para a produção de cana-de-açúcar no Brasil.
A consultoria lembrou que diversas projeções de tradings e consultorias apontam para uma safra recorde de açúcar no país em 2026/27, mesmo diante dos preços deprimidos. “Essa visão construtiva para a oferta é muito baixista para os preços”, ressaltou o banco no relatório.
O Itaú BBA também observou que as próximas semanas serão decisivas para o mercado, com o início das primeiras leituras de produtividade na Índia e na Tailândia — em novembro e dezembro, respectivamente.
Apesar do otimismo baseado nas chuvas acima da média durante as monções, há riscos no radar. Na Tailândia, por exemplo, cresce a preocupação com a disseminação da doença da folha branca (white leaf disease), que pode comprometer parte da produção prevista.
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