Açúcar volta a subir e se aproxima de 15 cents em NY com foco na Índia
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O mercado do açúcar opera em alta nesta terça-feira (25), testando novamente o valor de 15 cents por libra-peso em Nova Iorque. O contrato março/26 é negociado a 14,91 cents (+0,61%), o maio a 14,45 cents (+0,70%) e o julho a 14,40 cents (+0,77%). Em Londres, o adoçante também avança, com o contrato março/26 cotado a US$ 427,50 por tonelada (+0,61%).
O suporte vem, principalmente, das notícias de que o Ministério da Alimentação da Índia estuda aumentar o preço do etanol utilizado na mistura com gasolina, medida que pode levar as usinas indianas a direcionar mais cana à produção de etanol e menos ao açúcar, reduzindo a oferta do adoçante no mercado global.
Outro fator de sustentação é o anúncio, feito em 14 de novembro, de que o governo indiano permitirá a exportação de 1,5 milhão de toneladas de açúcar na safra 2025/26, abaixo das estimativas iniciais de 2 milhões. Um volume menor de exportações do segundo maior produtor mundial pode ajudar a sustentar os preços, que seguem próximos das mínimas em cinco anos.
Apesar disso, usinas indianas enfrentam dificuldades para fechar contratos de exportação, uma vez que os preços globais permanecem abaixo dos domésticos. Segundo a Reuters, o açúcar indiano é oferecido a cerca de US$ 450 por tonelada FOB, cerca de US$ 25 acima dos futuros de referência de Londres, o que reduz o interesse pelas vendas externas. Até o momento, apenas 10 mil toneladas teriam sido contratadas para embarques ao Afeganistão e países da África Oriental.
No Brasil, o mercado de açúcar avança lentamente para o encerramento da safra 2025/26, com o preço médio do cristal branco girando em torno de R$ 106,00 por saca de 50 kg. No início da safra, entre 7 e 11 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ (Icumsa 130-180, SP) registrava média nominal de R$ 141,36/saca. De acordo com o Cepea, a oferta ainda elevada pressiona as cotações no mercado à vista, mas a menor qualidade da cana e o maior redirecionamento para etanol indicam possível restrição futura de oferta de açúcar.
Já o mercado de etanol mantém firmeza nos preços há mais de um mês em São Paulo. Entre 17 e 21 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 2,8554/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,13% sobre a semana anterior. O etanol anidro foi cotado a R$ 3,2434/litro (sem PIS/Cofins), alta de 1,05%.
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