Açúcar fecha novamente em alta e fica próximo dos 15 cents/lbp em Nova Iorque
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Os preços do açúcar fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira (25), apoiados pela desvalorização do dólar, pela perspectiva de menores embarques da Índia e pelo avanço do fim da safra no Brasil. Com isso, o contrato março/26 voltou a se aproximar do nível de 15 cents/lbp na Bolsa de Nova Iorque.
Em Nova Iorque, o março/26 avançou 0,04 cent (+0,27%) e encerrou o pregão a 14,82 cents/lbp. O maio/26 aumentou 0,06 cent (+0,42%), negociado a 14,35 cents/lbp. O julho/26 ganhou 0,07 cent (+0,49%) e fechou o dia a 14,29 cents/lbp, enquanto o outubro/26 registrou alta de 0,08 cent (+0,55%) e terminou cotado a 14,62 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o movimento também foi positivo. O março/26 aumentou US$ 0,80 (+0,19%), fechando a US$ 424,90 por tonelada. O maio/26 avançou US$ 1,60 (+0,38%), para US$ 420,20 por tonelada, e o agosto/26 ganhou US$ 2,10 (+0,51%), negociado a US$ 415,60 por tonelada.
A alta das commodities agrícolas foi reforçada pela desvalorização do dólar, após indicadores econômicos dos Estados Unidos virem mais fracos do que o esperado. Dados de vendas no varejo e do núcleo do PPI de setembro ampliaram as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros em breve. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o economista-chefe da Lev DTVM, Jason Vieira, confirmou que o mercado já trabalha com expectativa crescente de redução das taxas.
Outro fator de suporte veio da Índia. O Ministério da Alimentação do país avalia aumentar o preço do etanol usado na mistura com gasolina, o que tornaria mais atraente para as usinas direcionar cana para o biocombustível em vez de açúcar — reduzindo, assim, a oferta global do adoçante. A sinalização soma-se ao anúncio, feito no início do mês, de que o país pode exportar apenas 1,5 milhão de toneladas na temporada 2025/26, abaixo das projeções iniciais.
Além disso, informações divulgadas pela Reuters indicam que a consultoria Green Pool vê fundamentos positivos para os preços, com as usinas do Brasil — maior produtor mundial — encerrando a safra mais cedo do que o habitual. A consultoria destacou ainda que os estoques de etanol no país estão cerca de 20% abaixo dos níveis registrados no mesmo período do ano passado, o que reforça o suporte tanto para o mercado do biocombustível quanto para o açúcar.
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