Londres recua diante de estimativas de maior superávit global de açúcar desde 2017/18
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Nesta sexta-feira, a bolsa de Londres recua após a valorização registrada no encerramento do último pregão. O contrato março/26 é negociado a US$ 433,70 por tonelada, queda de 0,64%. O vencimento maio/26 opera a US$ 428,90 por tonelada (-0,88%) e o agosto/26 a US$ 424,00 por tonelada (-0,84%). Com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, as bolsas americanas ainda estão em processo de retomada de suas operações e a liquidez tende a permanecer limitada.
A StoneX, empresa global de serviços financeiros, divulgou sua 3ª revisão do saldo global de açúcar para a safra 2025/26 (outubro a setembro), trazendo como principal destaque a projeção de um superávit de 3,7 milhões de toneladas, o maior desde 2017/18. A atualização também indica que os estoques globais devem subir 5%, alcançando 77,3 milhões de toneladas, o que eleva a relação estoque/uso para 39,9%, patamar próximo da média histórica dos últimos 20 anos. Esse acúmulo de estoques reforça o atual sentimento baixista no mercado internacional.
A perspectiva de maior oferta aparece em um contexto em que o preço do açúcar já vinha pressionado. Entre setembro e outubro, os contratos de primeira posição em Nova Iorque permaneceram abaixo de US¢ 16/lb, recuando posteriormente para a faixa dos US¢ 15/lb em novembro. Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio, a principal razão para a queda das cotações em 2025 é o ritmo mais lento das importações globais. “Mesmo com déficit em 2024/25, muitos países reduziram compras externas e passaram a consumir estoques internos, sustentando a trajetória de queda dos preços”, enfatiza.
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