Açúcar opera em leve alta após quedas recentes com influência da Índia e do Brasil
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Nesta quinta-feira (04), o mercado do açúcar opera em campo positivo, com o contrato março/26 em Nova Iorque cotado a 14,94 cents de dólar por libra-peso (+0,07%). Os vencimentos seguintes também registram leve alta, com o maio/26 negociado a 14,48 cents (+0,21%) e o julho/26 a 14,45 cents (+0,28%). Em Londres, o adoçante também se valoriza, com o março/26 cotado a US$ 428,40 por tonelada (+0,52%).
O movimento positivo de hoje vem após uma sequência de quedas observadas no início da semana, quando o mercado reagiu às expectativas de aumento na oferta global, principalmente pela Índia. Na segunda-feira, os preços chegaram a mínimas de uma semana após a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA) informar que a produção do país entre outubro e novembro cresceu 43% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 4,11 milhões de toneladas.
No Brasil, as expectativas de safra também adicionam pressão baixista. Segundo a Conab, a produção nacional de açúcar em 2025/26 deve alcançar 45 milhões de toneladas, acima da estimativa anterior de 44,5 milhões. Já a Unica informou que a produção do Centro-Sul na primeira quinzena de novembro aumentou 8,7%, somando 983 mil toneladas. No acumulado da safra, a região já produziu 39,18 milhões de toneladas, um crescimento de 2,1% frente ao mesmo período do ciclo anterior.
Apesar da oferta robusta, o mercado ainda encontra suporte em fatores pontuais. Na última sexta-feira, as cotações atingiram os maiores níveis em seis semanas, refletindo preocupações com o equilíbrio global de estoques. A consultoria StoneX, por exemplo, revisou para baixo sua estimativa de produção no Centro-Sul do Brasil para 2026/27, de 42,1 milhões para 41,5 milhões de toneladas, o que pode aliviar parte da pressão sobre os preços.
Outro ponto de atenção vem da Índia, onde o Ministério da Alimentação estuda aumentar o preço do etanol utilizado na mistura com a gasolina. A medida é vista como positiva para o setor sucroenergético, pois pode incentivar as usinas indianas a destinar mais cana à produção de etanol, reduzindo a oferta de açúcar no mercado mundial.
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