Açúcar devolve altas e fecha com leves perdas após pressão do petróleo
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Os preços do açúcar até começaram o dia em alta, apoiados pela valorização do real frente ao dólar, mas acabaram revertendo o movimento e encerraram a quinta-feira (11) com leves baixas nos principais contratos em Nova York e Londres. A virada ocorreu à medida que o petróleo passou a recuar com força, reduzindo o suporte que vinha sendo observado no início da sessão.
Em Nova Iorque, o março/26 recuou 0,06 cent (-0,40%) e terminou a 14,86 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,02 cent (-0,14%), para 14,48 cents/lbp. O julho/26 cedeu 0,01 cent (-0,07%), ficando em 14,46 cents/lbp, enquanto o outubro/26 permaneceu estável, repetindo 14,78 cents/lbp.
No mercado de Londres, o março/26 caiu 1,90 ponto (-0,45%) e encerrou a US$ 424,20 por tonelada. O maio/26 recuou 0,90 ponto (-0,21%), a US$ 421,80 por tonelada. O agosto/26 teve baixa de 0,20 ponto (-0,05%), negociado a US$ 418,00 por tonelada, e o outubro/26, assim como em NY, manteve-se sem variação, em US$ 417,20 por tonelada.
Nesta quinta, o petróleo chegou a despencar mais de 2% durante o dia, tocando a mínima em sete semanas. Com preços mais fracos, o etanol perde competitividade e aumenta a tendência de que usinas ao redor do mundo destinem maior volume de cana para a produção de açúcar, ampliando a oferta global do adoçante.
O cenário para o petróleo segue fragilizado pela preocupação com excesso de oferta global, somado ao mau desempenho das bolsas internacionais nesta quinta-feira, que reduziu o apetite por risco e esfriou as perspectivas econômicas — outro elemento que pesa sobre a demanda por energia.
Ainda assim, as perdas ficaram limitadas por dois fatores: a queda do índice do dólar, que tende a dar suporte às commodities, e tensões geopolíticas envolvendo a Venezuela. O risco aumentou depois que forças dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam um petroleiro sob sanções na costa venezuelana, ação que adiciona incerteza à oferta do 12º maior produtor global de petróleo.
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