Acordo define prazo para o fim da queima da cana no estado
O documento foi assinado pelos secretários de Agricultura, Alberto Mofati, do Ambiente, Marilene Ramos, de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, representado por Nilton Rocha Leal, coordenador do Programa Biofábrica, Ciência e Tecnologia, Luiz Edmundo Costa Leite, representado por Luiz Antônio, superintendente de Energia, e pelos presidentes da Asflucan (Associação Fluminense dos Plantadores de Cana), Eduardo Crespo, do Sindicato Fluminense dos produtores de açúcar e álcool, Geraldo Coutinho, e da Faerj (Federação de Agricultura), Rodolfo Tavares. O ato também contou com a presença do ex-secretário de Agricultura, deputado estadual Christino Áureo, que participou ativamente do processo para a elaboração do acordo.
Para o secretário Alberto Mofati, o documento, que prevê a redução gradual do método da queima da cana pela colheita mecanizada até 2020, traduz a visão de sustentabilidade, geração e preservação de energia que a Secretaria de Agricultura preconiza em suas ações para o desenvolvimento do setor.
- O Governo do Estado, além de fiscalizador de todo o processo, também apoiará o segmento para o cumprimento do prazo. Através de recursos do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental) e da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa), o Estado apoiará o desenvolvimento de máquinas e tecnologias para que a colheita tenha custo de produção adequado ao setor e à região de Campos. O município tem uma estrutura fundiária diferente de outras áreas de produção do país e precisa de equipamentos com modelagem própria para suas necessidades – adiantou.
Durante a solenidade, a secretária do Ambiente lembrou que chegar a esse entendimento demandou muito tempo e diversos encontros com representantes do setor sucroalcooleiro.
- Conseguimos um consenso que atende às necessidades do segmento. Essa é mais uma das muitas vitórias que temos alcançado naquela região – acrescentou.
Ao salientar a importância do acordo, o deputado estadual Christino Áureo frisou a necessidade de o seu conteúdo ser divulgado e compreendido pela população rural e urbana, uma vez que a realidade produtiva do estado difere de outras regiões brasileiras.
- Pretendo transformar em lei os termos contidos neste documento, contemplando de maneira detalhada as bases desse acordo para que não haja dúvidas no futuro sobre esses avanços – afirmou.
Para o presidente da Asflucan, Eduardo Crespo, o dia de hoje representa um avanço significativo.
- A verdadeira mudança desse setor passa pela ciência e tecnologia. Estamos estabelecendo rumos e metas que precisam vencer os gargalos tecnológicos. Nós do setor temos uma expectativa muito boa com relação a essas parcerias firmadas aqui. Queremos e precisamos fazer avanços – concluiu.