Setor sucroenergético quer políticas publicas para avançar
O cenário apresentado pelo presidente para MS é o de crescimento. Segundo Jank, Mato Grosso do Sul ainda pode crescer. “São Paulo já passa por um período de estagnação de produção, MS ainda tem como expandir. Exemplo disso é o município de Rio Brilhante que hoje é a segunda maior cidade canavieira do País”.
Jabuticaba
Conforme Jank, o crescimento do consumo do etanol em 2003 foi um dos grandes incentivadores para o “boom” do setor sucroenergético no País. As montadoras adotaram o modelo flex e o brasileiro passou a usar o etanol como combustível. Em março do ano passado, o consumo do etanol superou o da gasolina. “Costumo dizer que somos o único país do mundo em que a alternativa é a gasolina e até nela há etanol”, comparou.
Outra comparação está na restrição do etanol, utilizado quase que exclusivamente pelo Brasil. “O combustível ainda é como a jabuticaba. Só da no Brasil”. Hoje, 13 montadoras de automóveis no País, produzem cerca de 90 modelos de carros que usam gasolina e etanol. “As montadoras podem até falar mal do etanol brasileiro, mas no Brasil elas são obrigadas a montar automóveis que utilizem o combustível”, frisou.
A produção norte-americana do etanol feito a base de milho não deve perdurar. Segundo Jank, os Estados Unidos já utiliza um terço da produção de milho para o etanol. Além disso, o combustivel feito a partir da cana-de-açúcar emite 61% menos gás carbonico ao meio ambiente quando comparado a gasolina, enquanto que essa redução com o alcool a base de milho é de 21%.
Tecnologia e Bioeletricidade
O presidente da Única apontou ainda a possibilidade de desenvolvimento do etanol apenas com o incremento em tecnologia. “Há 70 anos, o Brasil produzia 3 mil litros por hectare de etanol, hoje é de 8 mil litros por hectare e a perspectiva, com o uso de novas tecnologias é que essa produção seja de cinco vezes mais do que há 70 anos”, apontou.
O plástico feito a partir da cana-de-açúcar também é realidade. A coca-cola já fechou um acordo e vai produzir para a Copa no Brasil garrafas pets que usam o plástico feito a partir da cana. “Assim como o etanol, o produto é 40% menos prejudicial ao ambiente do que o plástico feito a partir do petróleo”.
Sobre a bioeletricidade, Jank comentou que o Brasil até 2019, com a cana-de-açúcar, terá reserva potencial de três usinas de Belo Monte. “É necessária uma política setorial que ainda não foi despertada”, alerta. O presidente comenta ainda que a geração de energia através da cana acontece justamente quando os rios começam a baixar.
Hoje, conforme apresentado pela Única, o Brasil tem 434 variedades de plantas, 70 mil fornecedores do setor, gera um PIB de US$ 28 bilhões, os tributos somam US$ 7 bilhões, e as divisão em 2009 do setor sucroenergetico foram da ordem de US$ 9,8 bilhões.
Em Mato Grosso do Sul, a atividade que já ocupa 425 mil hectares no Estado, segundo levantamento da safra 2010/11 da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul - BIOSUL. Neste ano, a operação de 22 usinas será responsável pela produção de 38 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, resultado recorde fruto da expansão de 64%, de acordo com mesmo estudo. A maior parte (27 milhões de toneladas) será transformada em etanol, cada vez mais presente na vida do brasileiro e respeitado no mercado internacional.
Sobre o Canasul
O Canasul 2010 acontece nos dias 16 e 17 de agosto, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Informações podem ser acessadas pelo site www.opec-eventos.com.br/canasul. O Canasul 2010 é realizado pela Comissão Técnica de Bionergia da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), com promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Turismo (Seprotur); Associação dos Produtores de Bionergia de MS (Biosul) e Federação das Indústrias de MS (Fiems). Sebrae, Banco do Brasil e Ministério da Agricultura patrocinam o evento, que tem apoio da AEAMS, CREA-MS, OCB-MS e Mútua.
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