Produtores indianos de cana-de-açúcar querem adotar modelo brasileiro

Publicado em 05/11/2010 09:18
Os produtores de cana-de-açúcar da Índia querem promover a desregulamentação do setor sucroenergético no país e veem no Brasil o modelo ideal a ser seguido pelo país, que é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do mundo.

 Esta foi a principal conclusão do diretor geral da Associação das Usinas de Açúcar Indianas (ISMA, na sigla em inglês), Abinash Verma, durante visita à sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo, no dia 20 de outubro. De acordo com o executivo, a ISMA é a maior organização dos produtores de cana do país no setor privado, com 250 associados.

“Viemos ao Brasil para entender como funciona o setor sucroenergético aqui, para explicar ao governo indiano como proceder e assim ajudar o governo a promover a desregulamentação em nosso país,” afirmou Verma após assistir apresentação do diretor de comunicação corporativa da UNICA, Adhemar Altieri.

“Devemos instalar um modelo parecido com o da UNICA na ISMA. A diferença é que atualmente as indústrias indianas são fortemente controladas pelo governo. O processo de desregulamentação que o Brasil implantou no final dos anos 90 está se iniciando na Índia apenas agora, estamos no estágio inicial do processo,” ressalta o executivo.

Liberalização do mercado

Hoje, os preços do etanol oscilam no Brasil de acordo com a oferta e a demanda, mas no passado os preços eram influenciados por controles e ações governamentais, como ocorria também com outras commodities. A desregulamentação, ou liberalização do mercado, foi promovida no Brasil na década de 1990 e levou a uma melhora acentuada na eficiência e competitividade das empresas, com redução sensível nos custos de produção.

Na Índia ainda existe este controle por parte do governo. “A quantidade de açúcar que o produtor deve vender todo mês é definida pelo governo, assim como o preço da cana. A partir do momento que tivermos um livre mercado, nosso papel na ISMA será interagir cada vez mais com o público e com os produtores, o que vai melhorar a comunicação do setor,” explicou Verma.

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Fonte:
Unica

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