Brasil pode acrescentar 200 mi t de cana em dois anos, diz Cosan

Publicado em 28/09/2011 17:47
O Brasil pode acrescentar 200 milhões de toneladas de cana à sua safra em duas temporadas, apenas por meio da recuperação da produtividade dos canaviais, disse o presidente-executivo do maior produtor de açúcar e etanol do país, a Cosan, nesta quarta-feira.

Os rendimentos agrícolas no Brasil, o maior produtor e exportador mundial de açúcar, têm caído drasticamente este ano, devido ao envelhecimento dos canaviais e pelas condições climáticas desfavoráveis durante o desenvolvimento da safra.

Por causa disso, espera-se que o Brasil não chegue a moer mais de 589 milhões de t de cana, ante 642 milhões de t previstas em maio, no início da temporada, de acordo com estimativas oficiais. Essa é a primeira queda na produção brasileira em mais de uma década. "É possível, em dois anos, recuperar isso (200 milhões de t de cana). Isso não leva em consideração a adição de novas áreas, apenas a recuperação de campos existentes", disse o presidente da Cosan, Marcos Lutz, no intervalo de um evento.

O Brasil representa mais da metade do comércio global de açúcar, portanto, qualquer grande variação na produção tem potencialmente um grande impacto nos preços internacionais da commodity. Lutz disse que a capacidade de moagem atual do País excede em cerca de 200 milhões de t a produção de cana.

Para a próxima temporada, Lutz vê o aumento potencial da disponibilidade de cana pouco abaixo de 100 milhões de t, à medida que muitas companhias estão retomando a renovação dos campos. Os canaviais recém-plantados levam pelo menos um ano para voltar à produção.

A indústria está atrasada em seu cronograma de replantio devido, principalmente, à crise financeira de 2008, que fez com que usinas adiassem as despesas com renovação da cana. A indústria de cana do Brasil não acompanhou a demanda do mercado local por etanol, que tem sido impulsionada pelas fortes vendas de carros flex.

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Fonte:
Reuters

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