Iraque avalia importações de trigo da Rússia

Publicado em 13/11/2018 10:55

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Por Moayed Kenany e Olga Popova

BAGDÁ/MOSCOU (Reuters) - O Iraque, um grande comprador de grãos do Oriente Médio que tradicionalmente se abastece com importações junto aos Estados Unidos, pretende permitir trigo com origem na Rússia em seus próximos leilões estatais.

O ministro do Comércio, Mohammed Hashim al-Aani, irá enviar representantes à Rússia para estudar a qualidade do trigo e se este é adequado ao uso no massivo programa de iraquiano de racionamento de alimentos.

"O ministério vai enviar uma delegação à Rússia para estudar os mecanismos de produção de trigo... para ter um quadro sobre sua qualidade e tipos e sobre quão adequado ele é para uso em nosso sistema de cartões de subsídio", disse o ministro em comunicado na noite de segunda-feira.

O ministro fez os comentários após uma reunião com o embaixador da Rússia no Iraque.

A delegação deve visitar a Rússia antes do final do ano, disse uma porta-voz da agência de regulação agrícola Rosselkhoznadzor nesta terça-feira.

O Iraque gasta bilhões de dólares por ano em um programa de racionamento de alimentos da era de Saddam, o Sistema Público de Distribuição, que oferta pão subsidiado e outros alimentos essenciais à população.

O país geralmente importa seu trigo principalmente junto aos EUA, Austrália e Canadá. Ele é um dos poucos mercados do Oriente Médio, junto com a Arábia Saudita, a não importar da Rússia, um dos maiores produtores globais de grãos.

Vendedores da região do Mar Negro têm apresentado forte concorrência aos EUA no Norte de África e no Oriente Médio, ganhando participação no mercado nos últimos anos.

O chefe do conselho de grãos iraquiano disse à Reuters em março que a qualidade do trigo russo pode não ser adequada para a produção de farinha para o programa de racionamento por conter glúten.

Ainda assim, al-Aani, que foi nomeado ministro em outubro e supervisiona o conselho de grãos, disse que o Iraque quer que a Rússia participe de seus leilões estatais.

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Fonte:
Reuters

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