USDA surpreende e eleva índice de soja e milho em boas condições nos EUA em 1%

Publicado em 15/07/2019 17:26

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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) surpreendeu o mercado e aumentou o índice de lavouras de soja e milho em boas condições em 1 ponto percentual - em ambos os casos - enquanto o mercado esperava uma nova correção para baixo. 

Até o último domingo, de acordo com o reporte semanal de acompanhamento de safras, o total de lavouras em bom estado passou de 53% para 54%, enquanto as expectativas dos traders variavam de 51% a 52%. São 34% das plantações em condições regulares, contra 35% da semana anterior, e 12% em situação ruim ou muito ruim, mesmo número da semana passada. 

Sobre o milho, o USDA informou no boletim que são 58% dos campos em boas ou excelentes condições, contra 57% da semana anterior e expectativas que variavam de 55% a 56%. Ainda segundo o USDA, o total de lavouras em condições regulares passou de 31% para 30% e em condições ruins ou muito ruins ainda são 12%. 

Também sobre a soja, o reporte informou que o percentual de lavouras que já emergiram passou de 90% para 95%, contra 99% de média dos últimos cinco anos e frente aos 100% de 2018. O estado que ainda está abaixo dos 90% é o Missouri, com 84%. 

São também 22% dos campos de soja em fase de florescimento, um aumento de 12% em relação à semana anterior. No ano passado, nesse período eram 62%, e a média dos últimos anos é de 49%. 

E sobre o milho, o USDA informa ainda que 17% das lavouras estão em fase de embonecamento, contra 8% da semana passada. O índice está bem abaixo do ano passado, de 59%, e da média dos últimos cinco anos de 42%.

USDA traz embarques semanais de soja dos EUA acima do esperado

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de embarques de grãos com números dentro do esperado para o milho, acima para a soja e abaixo para o trigo. 

Na semana encerrada em 11 de julho, os EUA embarcaram 854,373 mil toneladas de soja, enquanto os traders esperavam algo dentro do intervalo de 490 mil a 790 mil toneladas. No acumulado da temporada, os embarques somam 38.718,104 milhões de toneladas, contra quase 51 milhões do mesmo período do ano anterior. 

O país também embarcou 676,485 mil toneladas de milho, enquanto as projeções variavam de 480 mil a 790 mil toneladas. Assim, em todo o ano comercial, os embarques norte-americanos do grão somam 43.157,694 milhões de toneladas, contra mais de 48 milhões do ano passado, nesse mesmo período. 

O USDA informou ainda que foram embarcadas também 315,358 mil toneladas de trigo. As expectativas do mercado, porém, variavam de 380 mil a 600 mil toneladas. E em toda a temporada, os embarques americanos já somam 2.915,708 milhões de toneladas, em linha com as pouco mais de 2,3 milhões do ano passado, nesse mesmo período. 

Milho fecha em queda após tocar máxima de 5 anos em Chicago; operadores focam em clima nos EUA

CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros dos grãos em Chicago fecharam em queda nesta segunda-feira, depois de o milho atingir máxima de cinco anos e a soja seu maior nível em um ano, à medida que previsões de chuva nas áreas de cultivo dos Estados Unidos reduziram as preocupações quanto ao tempo quente e seco.

Um recente período de calor e baixa umidade havia abastecido temores de que o milho poderia ser danificado durante estágios cruciais da polinização, depois de atrasos de plantio sem precedentes nesta primavera (do Hemisfério Norte).

No Cinturão do Milho, entretanto, chuvas associadas aos efeitos restantes da tempestade tropical Barry estão atingindo as regiões sul de Illinois e Missouri, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) em um relatório meteorológico diário.

Separadamente, em um relatório semanal, o USDA apontou que 58% da safra de milho figura em condições boas a excelentes, levemente acima das expectativas para o período, que eram de 56%.

O contrato setembro do milho fechou em queda de 13,5 centavos de dólar, ou 2,8%, a 4,41 dólares por bushel. O vencimento mais ativo chegou a bater 4,6475 dólares, maior nível desde junho de 2014 em um gráfico contínuo.

O trigo para setembro recuou 15,25 centavos de dólar, ou 2,7%, para 5,0775 dólares/bushel, depois de tocar seu maior nível em mais de duas semanas, a 5,315 dólares.

O USDA vê uma queda de 2 pontos percentuais nas condições boas/excelentes do trigo de primavera, que foram de 78% na última semana para 76% nesta.

O vencimento agosto da soja fechou em baixa de 11,5 centavos de dólar, ou 1,2%, a 9,0175 dólares por bushel, recuando de máxima de sessão de 9,365 dólares, sua maior marca desde junho de 2018.

O relatório do USA apontou 54% da soja em condições entre boa e excelente.

Exportação de milho do Brasil no acumulado de julho já supera volume de junho

SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de milho do Brasil nas duas primeiras semanas de julho somaram 1,88 milhão de toneladas, superando o total embarcado em todo o mês de junho, com os embarques do cereal ganhando ritmo tradicionalmente no segundo semestre do ano.

Os embarques em nove dias úteis do mês somaram 208,5 mil toneladas ao dia, ante 72 mil toneladas/dia em junho, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério da Economia.

Os volumes exportados no acumulado do mês representam quase quatro vezes mais que o registrado em julho do ano passado (53,2 mil toneladas/dia), quando a exportação mensal do Brasil somou pouco mais de 1 milhão de toneladas, em meio a perdas na produção pela seca.

Em 2019, a exportação brasileira deve ser favorecida por uma safra recorde no Brasil e também por preços favoráveis, impulsionados pelo mercado de Chicago.

No primeiro semestre, os embarques de milho do Brasil somaram mais de 9 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério da Agricultura, aumento de quase 80% ante o mesmo período de 2018.

As exportações de soja do Brasil já estão mais fracas, com o total no acumulado do mês somando cerca de 3,5 milhões de toneladas (384 mil toneladas/dia), enquanto o milho ganha espaço nos portos.

O ritmo de embarques da oleaginosa está mais lento ante junho (477 mil toneladas/dia) e julho de 2018 (463,5 mil toneladas/dia), após o Brasil ter colhido uma safra menor e com o setor sofrendo os efeitos de uma menor demanda da China, atingida pela peste suína africana.

No primeiro semestre, de acordo com dados do governo, as exportações de soja do Brasil caíram 3,8% ante o mesmo período de 2018, para 44,5 milhões de toneladas.

O Brasil é o principal exportador global de soja e está entre os maiores de milho.

(Por Roberto Samora, da Reuters)

 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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4 comentários

  • Heber Marim Katuete - PY - PI

    Fico imaginando que patamares de preços teríamos se não fossem esses problemas no plantio americano... 6... 7 U$ por bushel...

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  • WELLISTON FRANK TEIXEIRA DOUTOR CAMARGO - PR

    O USDA já anunciou recentemente que a quebra na safra norte-americana seria de 19 milhões de toneladas para a soja, isso antes de terminar o plantio, que por sua vez, teve um atraso histórico..., agora fica manobrando o mercado, noticiando que está tudo bem por lá. Acredite quem quiser!

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    • Vania Neunfeld Gabriel Naitzel Toledo - PR

      Até mesmo clima com temperaturas mais amenas o usda consegue provocar ... de um dia pra outro...

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  • Ricieri Soldateli Vacaria - RS

    Algo de inconsistente temos nessas infos. A semana inteira o notícias agricolas e os maiores especialistas, consultorias da área falando sobre a más condições das lavouras norte americana, aí vem o USDA e contraria tudo...melhor mesmo é ter mais certeza das condições antes emitir um juízo, precisamos confiar em alguma fonte.

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  • Jorge A. Graunke PONTA PORÃ - MS

    USDA surpreende: 34% regular + 12% ruim, qual seria a produção nessas áreas?

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