Brasil lança o maior projeto de solos do mundo, o PronaSolos

Publicado em 17/08/2018 08:05
José Carlos Polidoro - Chefe Geral Embrapa Solos
"Estamos a avisando ao mundo, não duvidem de nós", diz chefe da Embrapa Solos

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Brasil lança o maior projeto de solos do mundo, o Pronasolos

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Durante o Congresso Mundial de Ciência do Solo, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, lançou o maior programa de solos do mundo. Batizado de PronaSolos, o programa pretende, dentro de 30 anos, revitalizar e aumentar a produtividade por meio do solo.

José Carlos Polidoro, chefe-geral da Embrapa Solos, destaca que há poucas informações disponíveis para o produtor para que ele ganhe em produtividade por meio do solo. Há dez anos, segundo ele, a soja aumenta a produtividade de forma tímida no Mato Grosso. "Se tivéssemos um programa desses, isso não estaria acontecendo", disse.

Com o PronaSolos, os produtores poderão tomar decisões de forma mais acertada, economizando fertilizantes e acumulando mais água, de forma que a planta poderá explorar mais o solo e produzir mais. O programa também irá garantir que o manejo seja o mais adequado possível.

Serão várias equipes pelo Brasil inteiro, mapeando o país de cima a baixo, ajudando a construir terras dentro das propriedades. O produtor, como visualiza Polidoro, vai ser dono do conhecimento do próprio solo.

Ele acredita que o programa pode ajudar o país a fazer sua segunda revolução verde. Esses sistemas de recuperação já existem hoje, mas são casos mais pontuais. Agora, isso será oficializado com o novo programa: todos os conhecimentos vão ser colocados à disposição da população.

E não é apenas qualquer tipo de agricultor que será beneficiado por esse programa. Polidoro lembra que "qualquer um que usa a terra" poderá receber os conhecimentos do PronaSolos.

Programa Pronasolos fará mapeamento completo dos solos brasileiros

Um trabalho inédito de grandes proporções irá elevar o conhecimento sobre os solos brasileiros. Coordenado pela Embrapa, o Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos) pretende mapear o território brasileiro e gerar dados com diferentes graus de detalhamento para subsidiar políticas públicas, auxiliar gestão territorial, embasar agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão do crédito agrícola, entre muitas outras aplicações. Orçado em até R$ 3 bilhões de reais, o Pronasolos deve gerar ganhos de R$ 40 bilhões ao País dentro de uma década, de acordo com especialistas.

O Programa envolverá diversos ministérios e órgãos federais em torno de um objetivo: fazer o mapeamento do solo de norte a sul do Brasil no período entre 10 e 30 anos, em escalas que tornem viáveis a correta tomada de decisão e estabelecimento de políticas públicas nos níveis municipal, estadual e federal – 1:25 mil, 1:50 mil, 1:100 mil, respectivamente. Isso significa que cada um centímetro do mapa corresponde a um quilômetro de área (na escala de 1:100 mil).

A definição das escalas dependerá das prioridades governamentais. O maior detalhamento (de 1:25 mil) é desejável, por exemplo, para o planejamento de propriedades e na agricultura de precisão, o que vai influenciar diretamente na concessão de crédito rural.

140 milhões de hectares degradados

O Brasil paga um preço alto por não conhecer melhor seu solo: falta de água no campo em grandes metrópoles; intensos processos erosivos do solo na área rural, que agravam enchentes e provocam desperdício de insumos agropecuários, entre várias outras consequências.

Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) indicam que 140 milhões de hectares de terras brasileiras estão degradadas, o que corresponde a 16,5% do território nacional.

No mundo, 33% do solo sofre degradação de moderada a alta, segundo dados da  Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). São áreas que tiveram sua capacidade produtiva reduzida pela erosão, impermeabilização, salinização, poluição, entre outros.

A quantidade de solo perdida por ano, no mundo, chega a 24 bilhões de toneladas, ainda segundo dados da FAO. Para agravar, daqui a pouco mais de três décadas, o mundo terá 9,6 bilhões de habitantes, exigindo que a produção de alimentos aumente em 65%.

Desafios e benefícios

"O Pronasolos deverá melhorar nossa competitividade no mercado externo de produtos agrícolas. Ao fim do projeto estaremos no mesmo nível de países mais avançados em mapeamentos, como Estados Unidos, que realizou essa identificação desde a década de 1960, e Austrália", prevê o pesquisador José Carlos Polidoro, chefe de P&D da Embrapa Solos.

Está prevista a elaboração de um grande banco de dados para disponibilização à sociedade em linguagem acessível com todas as informações sobre o solo, ao fim do programa.

No entanto, o projeto para ser executado necessita de diversos fatores, tais como ampla rede de laboratórios, técnicos de campo, trabalho cooperativo de diversas instituições, formação de mão-de-obra especializada, etc.

A Embrapa Solos está à frente de um projeto especial da Embrapa, que contará com a participação efetiva de várias instituições parceiras, cujo objetivo é mostrar o caminho para a implantação e implementação do Pronasolos.

Segundo Polidoro, o Projeto Especial visa dar subsídios em 12 meses para a implantação do Pronasolos. Só então será possível executar o megaprograma.

-- "A Embrapa assumiu a coordenação dessa rede de parceiros por sua tradição em levantamentos de solos, sua história e por ter sido nominalmente citada no Acórdão do Tribunal de Contas da União [que originou o Programa]",  explica Polidoro.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Solos, Daniel Vidal Pérez, a Casa Civil da Presidência da República já demonstrou interesse pelo assunto e recentemente reuniu representantes das instituições e ministérios responsáveis pela execução do Pronasolos.

"A implantação dos Pronasolos deverá proporcionar ganhos na produtividade, economia nos insumos e auxiliar na sustentabilidade do sistema agrícola, diminuindo as emissões de gases do efeito estufa", acredita a pesquisadora Maria de Lourdes Mendonça, atual chefe-geral da Embrapa Cocais (MA).

  • Efeitos ambientais

De acordo com o Terceiro Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em 2010 a agricultura foi o setor que mais contribuiu para as emissões de gases de efeito estufa no Brasil, com 32% das emissões totais, sendo seguido pelos setores de energia (29%), uso da terra, mudança do uso da terra e florestas (28%), processos industriais (7%) e tratamento de resíduos (4%).

-- "No entanto, a análise simples desses dados, pode levar a uma interpretação errônea sobre a agricultura brasileira. A importância relativa do setor foi aumentada nesse último Inventário, devido à mitigação das emissões proveniente da redução do desmatamento, em especial da Amazônia", explica Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues, pesquisador da Embrapa Solos, especialista em mudanças climáticas.

-- "O manejo adequado do solo é uma poderosa ferramenta de mitigação das emissões, reduzindo a necessidade por fertilizantes nitrogenados – principal fonte de emissão de óxido nitroso", acrescenta.

Para o pesquisador, o correto manejo do solo é capaz de melhorar a quantidade e qualidade do alimento oferecido aos animais em pastagens. "Isso é importante porque a emissão de metano por fermentação entérica de ruminantes, em especial, bovinos, é a principal fonte de emissão da agricultura brasileira", afirma Aragão.

Segundo dados da FAO, o Brasil possui 140 milhões de hectares com diferentes níveis de erosão (o equivalente a mais de nove milhões e 500 mil Maracanãs) e precisa reverter esse quadro o quanto antes. Com o Pronasolos será possível evitar que novas degradações aconteçam e facilitará na recuperação de áreas degradadas.

--"A erosão faz o solo perder seus atributos químicos, físicos e biológicos. Também provoca a perda de qualidade e disponibilidade de água especialmente para consumo humano", enumera Aluísio Granato de Andrade, pesquisador da Embrapa Solos com trabalhos voltados para  uso, manejo, conservação e recuperação do solo.

Sem cobertura florestal, a água não consegue penetrar corretamente nos lençóis freáticos, causando diminuição na quantidade de água. 

Uma área de terras degradadas faz com que as populações sejam forçadas a tentar produzir em terras marginais, não aptas para lavouras ou pastagens, ou avancem em direção a terras mais frágeis (Amazônia e Pantanal, por exemplo), multiplicando desesperadoramente a degradação

A atividade humana sem conhecimento dos recursos naturais – solo, água e biodiversidade −, a falta de planejamento em diferentes escalas, o uso de sistemas não adequados de manejo, o desmatamento incorreto, a exploração do solo acima de sua capacidade (superpastoreio, agricultura extensiva), além do crescimento urbano e industrial desordenados dão origem a uma sequência de ações que influem sobre as propriedades e a natureza do solo, tornando-o mais susceptível às forças naturais de degradação e afetando consideravelmente a quantidade e qualidade da água.

Com um terço de suas terras degradadas, nos Estados Unidos a erosão causa prejuízos anuais na ordem de 10 bilhões de dólares ao ano.

Mudar essa realidade no Brasil deverá ser uma prioridade fundamental para a agricultura do País nos próximos anos.

Histórico

Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2015 constatou uma série de problemas com as informações sobre solos no País. O conhecimento atual não é insuficiente, há dificuldade no acesso aos poucos dados disponíveis, inconsistências nas informações oficiais de ocupação do território, sobreposição e lacunas de atuação governamental, complexidade e dispersão da legislação brasileira sobre o assunto. A expectativa é de que o Pronasolos contribua para solucionar o problema.

O TCU elaborou um acórdão no fim do ano passado envolvendo vários ministérios e que indica a Embrapa como uma dos principais responsáveis por esse levantamento. Nos Estados Unidos, desde 1966 há uma legislação sobre solo e água e o território daquele país é todo mapeado em escalas que chegam a 1:15 mil. No Brasil, há apenas 25 quilômetros quadrados em todo o seu território com detalhamento similar. O Programa Nacional de Solos do Brasil surge como um importante passo para superar essa lacuna.

Uma tecnologia que trará grande agilidade na identificação dos solos é a SpecSolo, desenvolvida pela Embrapa Solos. Por meio dela, dezenas de parâmetros de fertilidade (carbono orgânico do solo, pH, cálcio, magnésio, fósforo, potássio dentre outros) e física do solo (argila, silte e areia) podem ser analisados simultaneamente em apenas 30 segundos. A análise convencional demora dias para apresentar os mesmos parâmetros.

Uma nota técnica enviada em maio de 2015 para a Presidência da Embrapa, assinada pela equipe de Pedologia da Embrapa Solos (RJ), traçou um raio-x sobre a falta de informação sobre os solos brasileiros, os consequentes prejuízos à nação e a proposta de criação do Pronasolos.

A nota técnica passou por diversas esferas do governo federal e, em agosto de 2015, o TCU emitiu um acórdão no qual consta uma série de recomendações a serem cumpridas por diversos ministérios e pelo governo federal no sentido de promover o levantamento e disponibilização de informações sobre solos no Brasil.

-- "O Tribunal de Contas nos deu um prazo de 120 dias para a elaboração de um plano de providências para atender às recomendações contidas no relatório de Auditoria Operacional de Governança de Solos", afirmou Polidoro.

Em dezembro, uma equipe formada por 11 Unidades da Embrapa, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizaram a primeira versão do documento que servirá de base para a implantação do Pronasolos.

Conheça o Programa:

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O solo é um recurso natural de suma importância para a vida no planeta, sendo a base para a produção de alimentos, fibras e energia, para a adaptação às mudanças climáticas e a prestação de serviços ambientais. O conhecimento aprofundado de seus solos tem grande importância para que um país garanta a segurança alimentar da população e o seu desenvolvimento em bases sustentáveis.

Atualmente, o Brasil dispõe apenas de levantamentos de solo de caráter geral, com mapas de pequena escala, sendo que menos de 5% do território nacional conta com mapas de solos em escala 1:100.000 ou maior. Isso contrasta com a realidade de grande parte dos países desenvolvidos, como os EUA, cujo território é quase integralmente coberto por mapas de solos em escalas entre 1:20.000 e 1:40.000.

Os levantamentos mostram as propriedades dos solos que afetam o uso da terra, bem como a localização exata de cada tipo de solo de uma determinada área (fazenda, município, miocrobacia, estado) em forma de mapas. Estes evidenciam que os solos não são semelhantes na natureza. Geralmente variam bastante, mesmo em curtas distâncias, e solos diferentes apresentam propriedades distintas, com potenciais e limitações mais ou menos adequadas para diversos usos, seja no meio urbano ou rural.

A carência de informações detalhadas sobre os solos brasileiros é, portanto, um sério problema para o desenvolvimento nacional. Ao tomar conhecimento dessa situação, em 2015, o Tribunal de Contas da União determinou que fosse elaborado um plano de providências para a criação de um programa nacional de solos. Foi constituído um grupo de trabalho formado por pesquisadores de várias unidades da Embrapa, do IBGE, da SBCS, da CPRM, da UFRRJ, da UFPI, da UDESC, da UFLA e do Ministério da Agricultura, que formularam um documento que serviu de base para a criação do denominado Programa Nacional de Solos do Brasil (PronaSolos), que deverá fornecer, num prazo de 30 anos, informações adequadas para orientação do uso da terra em todo o Brasil.

Em 2017, a Diretoria-Executiva da Embrapa instituiu um projeto especial que delineou as principais diretrizes e estratégias de ação para a implementação do PronaSolos. No dia 19 de junho de 2018, o maior programa de investigação de solos do Brasil foi oficializado com a assinatura do decreto presidencial nº 9.414.

 

Objetivos e Desafios

Pelos próximos 30 anos, o PronaSolos envolverá dezenas de instituições parceiras, dedicadas à investigação, documentação, inventário e interpretação dos dados de solos brasileiros.

Além da implantação de sua estrutura organizacional, deverão ser estabelecidas as bases operacionais, distribuídas em gerências regionais e núcleos estaduais. Serão necessários treinamentos e qualificações, além da constituição de um corpo técnico exclusivo para o Programa.

O objetivo é mapear os solos de 1,3 milhão de km² do País nos primeiros dez anos, e mais 6,9 milhões de km² até 2048, em escalas que vão de 1:25.000 a 1:100.000. 

 

Investimento
 
Estima-se que serão necessários recursos da ordem de R$ 4 bilhões em 30 anos para que sejam alcançados os objetivos do PronaSolos, com financiamento do poder público e da iniciativa privada. O retorno para a sociedade pode chegar a R$ 185 para cada real investido no Programa.
 
Impactos
 

Os dados gerados pelo PronaSolos irão subsidiar políticas públicas no meio rural e nas cidades, em nível nacional, estadual e municipal, trazendo inúmeros benefícios à sociedade pelo fato de possibilitar, entre outras coisas:
 

  • - O planejamento do uso da terra para a expansão urbana, indicando, por exemplo, os solos e locais mais adequados ou suas limitações para a construção de casas, prédios, rodovias; para a implantação de aterros sanitários, cemitérios, áreas de lazer ou esportivas, redes de transmissão de energia elétrica, etc.;
     
  • - A previsão e consequente precaução de ocorrências de catástrofes nas cidades em virtude da ocupação desordenada pelo homem;
     
  • - O planejamento do uso da terra no meio rural, mostrando as áreas de maior potencial para a produção ou expansão agrosilvopastoril, as limitações do solo e as produtividades esperadas para cada cultura em determinada fazenda, microbacia, bacia, município ou estado;
     
  • - O planejamento do manejo mais adequado para cada cultura no campo, bem como de práticas conservacionistas que possibilitem reduzir ou eliminar a erosão do solo, a perda de água das chuvas, a sedimentação dos rios, as enchentes e os riscos de desastres naturais;
     
  • - A mais adequada avaliação do preço das terras para fins de compra e venda;
     
  • - Apoio à concessão de crédito agrícola, reduzindo os riscos tanto para os agricultores como para os bancos credores.
     

Informações de solos e ambientais de trabalhos anteriores e as que vierem a ser geradas pelo PronaSolos serão sistematizadas em uma única base de dados disponível à sociedade. Um legado inestimável para o Brasil.

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Fonte:
N.A. e Embrapa

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4 comentários

  • Tiago Gomes Goiânia - GO

    Trabalho importantíssimo esse (o PronaSolos). O ultimo trabalho nesse nível foi feito na década de 70, ainda na época do projeto RADAMBRASIL. Em diversas regiões do Brasil ainda trabalhamos com levantamentos de solos na escala de 1:1.000.000, oriundos do projeto RADAMBRASIL e em alguns estados ou localidades que temos trabalhos em escalas menores nem sempre os levantamentos são confiáveis.

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  • Isaias Instrumentação Sumaré - SP

    O governo esta fazendo a parte dele!!!...aliás irá fazer. Preservar patrimônio particular é função do proprietário. Se ele não cuida do que é seu, o que o governo tem a ver com isso???

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Nao acredito que nenhum dos 5 milhoes de Brasileiros espere que o governo venha a cuidar do nosso solo... Mesmo porque governo e' o grande problema da nossa naçao---- Uma administraçao bagunçada e incompetente---- O INCRA que multa se nao plantar e o MEIO AMBIENTE que multa se cortar um unico galho , mesmo que seja para enterrar uma unica valeta de erosao----IDIOTAS que multam se cortar arvore exotica dentro da APP mesmo sabendo que pinus Elliotti elimina toda vegetaçao nativa-----Lhe pergunto :::foi o governo que sugeriu o plantio direto?? Claro que nao.....Entao nao venha encher o saco !!!!!

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    • luiz carlos costa cabral Araguaína - TO

      O que se pratica no Brasil e em especial na região Norte, é que tudo se pode fazer desde que se tenha dinheiro..., vão comprando licenças, derrubando tudo, sem nenhuma fiscalização... e este instrumento chega já em um momento critico da agricultura ou do agronegócio... Os Maias já praticavam isso nos anos IV AC... é é inaceitável em pleno século XXI estarmos perdendo solos agricultáveis por pura ignorância de métodos conservacionistas que previne a ação nefasta das erosões e consequentemente impele para o avanço em áreas de biomas mais frágeis como as da Amazônia. A ganância não tem freios, e para o capitalismo o que importa são os lucros , então quanto menores as despesas , maiores as margens de lucros, e ai é exatamente onde mora todo o perigo.... Os solos, além de patrimônio particular, é também é patrimônio do povo, é um bem comum a todos ( meio ambiente)... temos o dever de preserva-los para nós e para as futuras gerações.

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

    Nem a erosão se controla mais... pra que outro Projeto? Bem, na verdade nós sabemos o porque de mais um projeto. Infelizmente, a verdade é que a erosão voltou ao Paraná. Voçorocas são uma realidade. Agricultores, na ilusão de usar máquinas enormes e reduzir mão de obra, rebaixaram os terraços e plantam fora do nível, morro abaixo. Muitos não gostam de ouvir, mas é a realidade.

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    • Emanuel Geraldo C. de Oliveira Imperatriz - MA

      Correto! Criticam os terraços e a erosão voltou forte.

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  • carlo meloni sao paulo - SP

    Pois e'!! o Brasil e' campeão em LANÇAMENTO DE PROJETOS e um desastre em lançamento de foguetes ------90% dos projetos não vão pra frente e os poucos que vão levam décadas de atraso-----Brasileiro precisa se convencer que o grande problema desta nação e' o governo---

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    • Marcelo Pereira da Silva Toledo - PR

      A ideia pode até ser boa, porém o difícil vai ser colocar na cabeça dos agricultores a importância de conservar melhor o solo. Outro problema é quanto será desviado pelos políticos que só pensam em vantagens pessoais.

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