Conflitos na fronteira Brasil/Venezuela deixam agricultores de Roraima apreensivos

Publicado em 25/02/2019 12:06
Marlon Buss - Secretário de Agricultura de Boa Vista/RR
Economia do estado sofre impactos da tensão no país vizinho já há algum tempo e produtores rurais esperam que, com resolução dos conflitos, possam abrir novos campos de negociação de suas produções.

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Entrevista com Marlon Buss-Secretário de Agricultura de Boa Vista/RR sobre os Conflitos na Venezuela afetam economia de Roraima

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Nos últimos dias a fronteira entre o Brasil e a Venezuela tem sido palco de intensos conflitos devido a situação do país vizinho. Com isso, a preocupação com possíveis impactos na economia brasileira, em especial no estado de Roraima, ficam maiores. Inclusive o fornecimento de energia que vem da Venezuela foi cortado, e o estado está iluminado graças as usinas termoelétricas.

“É um sentimento de preocupação. Obviamente nós estamos muito próximos desse conflitos que estão vivendo os nossos vizinhos. Então temos acompanhado e monitorado, com o sentimento de que temos que estar alertas. Obviamente que mantemos algumas relações como o calcário que vem da Venezuela, mas nós temos o sentimento de que isso deve ser resolvido em um curto espaço de tempo e, isso acontecendo, o nosso impacto deve ser reduzido”, diz Marlon Buss, secretário de agricultura de Boa Vista/RR.

Porém, os reflexos na economia de Roraima já são sentidos há, pelo menos, dois anos. Diante de todas esses circunstâncias da crise venezuelana, os produtores rurais de Roraima esperam que uma resolução neste conflito possa trazer muitos benefícios ao setor agrícola do estado.

“Nós torcemos muito para que tenha uma nova definição política nesse país que é um dos grandes atrativos para nós que estamos aqui instalados. São milhões de pessoas que habitam lá e precisam de alimentos e nós somos uma ponte produtora muito próxima deles. Nós enxergamos essa condição de grande alternativa de bons negócios que podem acontecer no futuro. A Venezuela é uma logística importante para nós, tanto em escoamento de exportação para a Venezuela e outros países também, quanto para a importação de insumos, o que tornariam mais baratas as nossas lavouras”, comenta Buss.

Em meio a todos esses acontecimentos, os agricultores roraimenses seguem com os preparativos para a próxima safra de soja, que deve começar a ser implementada nos próximos meses. “Todo o planejamento para a safra de soja já está feito e os insumos estão chegando. Eu vejo que muitos produtores chegaram no ano de 2018 e estão mexendo em suas propriedades, então devemos ter uma ampliação de área significativa. A expectativa de produtividade é muito boa também, temos feitos alguns comparativos e tendo excelentes resultados para as melhores cultivares de soja, milho e algodão também”, afirma  Marlon.

Confira a entrevista completa no vídeo.

 

No G1 RR: Mais 3 militares venezuelanos desertam pela fronteira brasileira


Mais três militares venezuelanos desertaram e entraram no Brasil no fim da tarde de domingo (24). Eles entraram em Roraima por rotas clandestinas e estavam fardados. Outros três já haviam chegado ao país entre o sábado e a manhã de domingo.

Os três novos desertores pertencem à Guarda Nacional Bolivariana e chegaram ao Brasil no fim da tarde de domingo. Após entrarem em território brasileiro, eles foram auxiliados por militares brasileiros que faziam patrulhamento e levados a um abrigo para refugiados.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra venezuelanos dentro de um veículo militar brasileiro. Um dos desertores, que estava desnutrido e teve enrijecimento muscular, aparece deitado e ofegante (veja o vídeo acima).

"Estamos no Brasil", diz um dos militares venezuelanos. "Seguiremos em luta, senhores, por favor não nos abandonem."

Deserções começaram no sábado
A Venezuela enfrenta uma crise social e política. O presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente e foi reconhecido como o chefe de Estado venezuelano por cerca de 50 países, dentre os quais o Brasil.

Leia a notícia na íntegra no site do G1

No G1: União Europeia faz apelo para evitar intervenção militar na Venezuela: 

A Comissão Europeia reiterou a defesa nesta segunda-feira (25) por uma saída "pacífica, política e democrática" para a crise na Venezuela. "Devemos evitar a intervenção militar", disse a porta-voz Maja Kocijancic em uma entrevista coletiva.

O apelo é feito pouco antes do encontro do Grupo de Lima, em Bogotá (Colômbia), que discutirá os próximos passos para lidar com a crise política no país depois do fracasso da operação de entrega de ajuda humanitária para os venezuelanos no fim de semana nas fronteiras com o Brasil e a Colômbia.

Aliados de Maduro reprimiram violentamente as tentativas de comboios oposicionistas com alimentos e medicamentos de ingressar na Venezuela, a partir da Colômbia e do Brasil. Há registros de vítimas, mas não há um balanço oficial. Entre sexta-feira (22) e sábado (23), quatro pessoas morreram e 300 ficaram feridas, de acordo com dados do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia a notícia na íntegra no site do G1

Juan Guaidó em Bogotá

Líder da oposição e autoproclamado, Juan Guaidó, é recebido pelo ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo Garcia, ao chegar a Bogotá, na Colômbia, no domingo (24)
Foto: Cortesia da Presidência colombiana / Reuters

Na sequência, veja algumas imagens dos conflitos nos últimos dias:

Conflito na VenezuelaConflito na VenezuelaConflito na VenezuelaConflito na VenezuelaConflito na VenezuelaConflito na VenezuelaConflito na VenezuelaConflito na VenezuelaConflito na Venezuela

E no link a seguir, saiba mais e veja mais fotos e vídeos:

>> Conflito na Venezuela se agrava e massacra comunidade indígena Pemon; veja fotos

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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