Dois espantos: A moratória da soja e a perseguição da Globo a Bolsonaro. O que há por trás disso?

Publicado em 05/11/2019 15:42
João Batista Olivi - Jornalista

Bolsonaro fala sobre Investigação e relação com a imprensa

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a cerimonia de comemoração de seus 30o dias de Governo para falar de sua relação com a imprensa. No discurso, Bolsonaro voltou a comentar as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. Para ele, a imprensa quer “colocar no seu colo” a morte de Marielle porque um dos possíveis autores do crime vive no mesmo condomínio onde a família do presidente tem uma casa, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro reafirmou que a sua presença em Brasília, à época em que era deputado federal, pode ser comprovada pelo registro em painel da Câmara dos Deputados. “Não é uma imprensa que colabora com o Brasil. Não satisfeita, diz agora que tem um segundo porteiro. Mas o meu dedo no painel de votação é mais importante.”

Na semana passada, o Jornal Nacional, da TV Globo noticiou que, em depoimento à polícia, um porteiro do condomínio disse ter ligado, a pedido de Élcio Queiroz, suspeito da morte da vereadora, para a casa da família do presidente. Segundo a reportagem, o porteiro contou que “seu Jair” havia autorizado a entrada do visitante. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, no entanto, o porteiro mentiu sobre a ligação.

O presidente também defendeu o direito de seu filho Eduardo, que é deputado federal pelo PSL de São Paulo, de expressar sua opinião. “Na Câmara eu respondi a mais de 30 processos [na Comissão de Ética]. Espero que meu filho Eduardo não entre nessa linha. Mas, em todos os momentos, a Câmara respeitou o sagrado direito de opinião, seja ela qual for.”

Moratória da Soja: Em seu site, Abiove orgulha-se de promover a suspensão de compras em áreas da Amazonia Legal 

POSICIONAMENTO DA ABIOVE SOBRE A SUSTENTABILIDADE NA CADEIA DA SOJA:

São Paulo, 27 de agosto de 2019

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE está acompanhando com cautela as recentes declarações sobre a preservação da Amazônia. Temos convicção nas boas práticas agrícolas e reforçamos que o setor continua firme em seus compromissos assumidos para a valorização da sustentabilidade na Cadeia da Soja nos mercados doméstico e internacionais. O setor, que contribui para a segurança alimentar dos brasileiros e para a balança comercial do país, exporta US$ 45 bilhões nas cadeias da soja e milho.

A ABIOVE e suas empresas associadas reforçam que a legislação ambiental brasileira é muito rigorosa e que o nosso compromisso é apoiar uma agenda de governança ambiental visando manter o reconhecimento internacional do agronegócio brasileiro e, por conseguinte, valorizar a produção sustentável da soja brasileira.

Entre os programas com reconhecimento internacional, podemos citar a Moratória da Soja. Com base nos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (PRODES Amazônia), o setor monitora o plantio de soja em áreas desmatadas e com estas informações em mãos, as empresas associadas à ABIOVE garantem uma política de desmatamento zero há mais de uma década. Por meio de procedimentos de controle de origem e auditorias independentes validadas pela sociedade civil, as empresas não adquirem nem financiam soja de fazendas em que tenha sido detectado desmatamento.

O Grupo de Trabalho da Soja – GTS, que coordena o pacto da moratória, reúne o setor privado, sociedade civil (Greenpeace, WWF Brasil, TNC, Imaflora, Ipam e Earth Innovation) e o Banco do Brasil.

Além da Moratória da Soja, podemos citar os compromissos assumidos no Protocolo de Grãos junto ao MPF, programas de certificação e de boas práticas agrícolas, controle diário de rastreabilidade em áreas embargadas por desmatamento ilegal, unidades de conservação e terras indígenas, solicitação do CAR regular e monitoramento de indicadores sociais, ambientais e econômicos das fazendas produtoras.

Cabe ressaltar a coordenação pelo setor privado no Grupo de Trabalho do Cerrado – GTC que atua no monitoramento do Bioma Cerrado com o objetivo de eliminar o desmatamento ilegal associado diretamente à soja e está desenvolvendo um mecanismo de pagamentos por serviços ambientais para os produtores que preservam.

O combate ao desmatamento associado à produção da soja é, e sempre será tratado como prioridade pela entidade.

Conselho da ABIOVE (representantes das empresas associadas): 

Presidente – Martus Tavares (Bunge)
Vice-presidente – Paulo Sousa (Cargill)

Conselheiros:

ADM Luciano Botelho | Jayson Lee

AMAGGI Jorge Zanatta | Gunnar Nebelung

BUNGE Martus Tavares | Raul Padilla

CARGILL Paulo Sousa | Ricardo Nascimbeni

COFCO Valmor Schaffer | Carolina Tascon

IMCOPA André Tomazi | Marcelo Pires

LDC Murilo Parada | Luis Barbieri

(Fundada em 1981, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), representa 13 empresas produtoras de farelo, óleos vegetais e biodiesel. O mandato dos atuais representantes vence em dezembro de 2019).

 

No Dia Mundial da Água (22 de março de 2019) a Abiove publicou o seguinte comunicado:

MORATÓRIA DA SOJA CONTRIBUI PARA A MANUTENÇÃO DOS 

No Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, é fundamental falar sobre a relação entre a Amazônia e a água. A disponibilidade dos recursos hídricos do Brasil depende diretamente da conservação da floresta desse importante bioma, que além de garantir a preservação dos rios com as matas ciliares, possui papel fundamental no regime de chuvas do País.

Segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro é capaz de bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água em forma de vapor em um único dia. A estimativa é que existam cerca de 450 bilhões de árvores na Amazônia, tornando a quantidade de vapor de água evaporada pelas árvores da floresta amazônica da mesma ordem de grandeza, ou até superior, que a vazão do rio Amazonas (200.000 m³/s). Toda essa água é devolvida na forma de chuva, que, por meio dos chamados “rios voadores”, transportam a água rumo às regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

“Trabalhar para a preservação de todo o bioma Amazônia é, portanto, fundamental também para assegurar o ciclo hídrico do nosso país, garantindo o fornecimento de água necessário para a qualidade de vida da população e as condições necessárias para que a agricultura de nosso País cresça de forma sustentável”, explica Bernardo Pires, gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE). “É por compreender essa relevância, que a entidade atua desde 2006 para ampliar a produção agrícola somente em áreas já abertas e garantir a preservação da maior floresta tropical do mundo por meio da Moratória da Soja”.

A Moratória é um compromisso assumido por todo o setor produtivo com o apoio do governo, Organizações Não Governamentais e sociedade civil para produção de soja livre de desmatamento. Esta iniciativa pioneira é reconhecida nacional e internacionalmente por sua importância no combate ao desflorestamento associado à cadeia produtiva de soja no bioma Amazônia, contribuindo para a manutenção do efeito “bomba d’água” da floresta amazônica e dos recursos hídricos nacionais formados a partir dela.

A Moratória da Soja bloqueia a aquisição do grão proveniente de áreas de desmatamento, por meio de análises feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ao longo dos 12 anos de vigência do programa a área total desmatada no bioma foi de 10,4 milhões de hectares. Sendo que apenas 64 mil hectares associados à soja, cuja produção não foi comercializada pelas empresas associadas à ABIOVE e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). A iniciativa também fomentou a expansão da soja no bioma Amazônia somente nas áreas que já se encontravam abertas antes de julho de 2008, portanto, livres de desmatamento, dado que a área de soja no bioma passou de 1,7 milhão para 4,6 milhões de hectares de 2008 a 2018, o que representa 170% de expansão em 10 anos.

Contando que a demanda por alimentos no mundo vai crescer 70% até 2050, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), quando a população mundial chegará a 9,1 bilhões de habitantes, é fundamental que o cultivo tenha o menor impacto possível nos recursos hídricos. Sendo assim, assegurar a preservação da Amazônia é uma forma de garantir que a floresta siga trazendo para o continente a umidade captada pelas árvores, que cai como chuva sobre as regiões cultiváveis do Brasil, garantindo o protagonismo nacional na produção de alimentos para mundoSão Paulo, 22 de março de 2019 – No Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, é fundamental falar sobre a relação entre a Amazônia e a água. A disponibilidade dos recursos hídricos do Brasil depende diretamente da conservação da floresta desse importante bioma, que além de garantir a preservação dos rios com as matas ciliares, possui papel fundamental no regime de chuvas do País.

Segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro é capaz de bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água em forma de vapor em um único dia. A estimativa é que existam cerca de 450 bilhões de árvores na Amazônia, tornando a quantidade de vapor de água evaporada pelas árvores da floresta amazônica da mesma ordem de grandeza, ou até superior, que a vazão do rio Amazonas (200.000 m³/s). Toda essa água é devolvida na forma de chuva, que, por meio dos chamados “rios voadores”, transportam a água rumo às regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

“Trabalhar para a preservação de todo o bioma Amazônia é, portanto, fundamental também para assegurar o ciclo hídrico do nosso país, garantindo o fornecimento de água necessário para a qualidade de vida da população e as condições necessárias para que a agricultura de nosso País cresça de forma sustentável”, explica Bernardo Pires, gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE). “É por compreender essa relevância, que a entidade atua desde 2006 para ampliar a produção agrícola somente em áreas já abertas e garantir a preservação da maior floresta tropical do mundo por meio da Moratória da Soja”.

A Moratória é um compromisso assumido por todo o setor produtivo com o apoio do governo, Organizações Não Governamentais e sociedade civil para produção de soja livre de desmatamento. Esta iniciativa pioneira é reconhecida nacional e internacionalmente por sua importância no combate ao desflorestamento associado à cadeia produtiva de soja no bioma Amazônia, contribuindo para a manutenção do efeito “bomba d’água” da floresta amazônica e dos recursos hídricos nacionais formados a partir dela.

A Moratória da Soja bloqueia a aquisição do grão proveniente de áreas de desmatamento, por meio de análises feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ao longo dos 12 anos de vigência do programa a área total desmatada no bioma foi de 10,4 milhões de hectares. Sendo que apenas 64 mil hectares associados à soja, cuja produção não foi comercializada pelas empresas associadas à ABIOVE e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). A iniciativa também fomentou a expansão da soja no bioma Amazônia somente nas áreas que já se encontravam abertas antes de julho de 2008, portanto, livres de desmatamento, dado que a área de soja no bioma passou de 1,7 milhão para 4,6 milhões de hectares de 2008 a 2018, o que representa 170% de expansão em 10 anos.

Contando que a demanda por alimentos no mundo vai crescer 70% até 2050, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), quando a população mundial chegará a 9,1 bilhões de habitantes, é fundamental que o cultivo tenha o menor impacto possível nos recursos hídricos. Sendo assim, assegurar a preservação da Amazônia é uma forma de garantir que a floresta siga trazendo para o continente a umidade captada pelas árvores, que cai como chuva sobre as regiões cultiváveis do Brasil, garantindo o protagonismo nacional na produção de alimentos para mundo.

Abiove (https://abiove.org.br/destaque/moratoria-da-soja).

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Por:
João Batista Olivi
Fonte:
Notícias Agrícolas/Abiove

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