Evite a perda de plantas, com sementes de qualidade e boas práticas de plantio, com o prof Alexandre Gazolla

Publicado em 12/08/2020 11:18 e atualizado em 12/08/2020 15:28
Alexandre Gazolla Neto - Engenheiro Agrônomo e Doutor em sementes
Entrevista com Alexandre Gazolla Neto - Engenheiro Agrônomo e Doutor em sementes

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Evite a perda de plantas, com sementes de qualidade e boas práticas de plantio

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O foco dos produtores brasileiros neste momento se volta totalmente às boas práticas de plantio com a safra 2020/21 prestes a começar no país. Mais do que as boas práticas, o uso de sementes de qualidade também estão entre as prioridades para que perdas sejam evitadas. A união das duas coisas é o que irá otimizar o resultado do agricultor. 

"Usar sementes de qualidade sempre. E está muito nas mãos do produtor se ele quer limitar o vigor e o potencial germinativo com um ambiente estressante, ou se ele quer aproveitar a carga genética para produzir plantas de alta performance no campo, que vão produzir mais", explica o engenheiro agrônomo e doutor em sementes, Alexandre Gazolla, em entrevista a João Batista Olivi no Notícias Agrícolas nesta quarta-feira.

Além disso, o Dr. Gazolla explica ainda que o produtor precisa, além de optar por sementes de qualidade, respeitar as condições de sua região de produção, adequando profundidade e velocidade de plantio, por exemplo, ao ambiente onde produz. E o especialista explica ainda sobre a importância das chuvas e das temperaturas para a germinação das sementes. 

"Para que ocorra a germinação e a emergência de uma planta é preciso temperatura e disponibilidade de água no solo, e se é a 13 cm, é a 13 cm. Temos que pensar que em uma semeadura no pó temos alta temperatura - que é prejudicial para essa semente, que é um ser vivo e está respirando - e quanto mais alta a temperatura, menos água tem no solo. Então, a semente, ao invés de ganhar água do solo e seguie as fases de germinação, ela está perdendo água para o solo. Então, é preciso lembrar que estou armazenando minha semente em um ambiente extremamente drástico. A pergunta é: por quantos dias?", explica Gazolla. 

Em resumo, o engenheiro explica que o plantio no pó é uma prática bastante prejudicial à qualidade fisiológica da semente e caso não haja alternativa, o que o produtor tem de fazer é escolher o melhor lote, o melhor tratamento de sementes e o melhor talhão para amenizar os efeitos prejudiciais. 

Da mesma forma, em uma condição de excesso de chuva a mobilização de partículas de solo que pode acontecer poderia ocasionar ainda mobilização ainda das sementes. "Principalmente após as primeiras 24 horas do plantio, dá um dano muito grave na semente que afeta todo seu potencial fisiológico. E com excesso de chuva ainda pode haver assoreamento", afirma.  

Assim sendo, Dr. Gazolla explica que ao lado de todas essas práticas e cuidados é importante que as informações meteorólogicas sejam ainda mais apuradas, uma vez que são um dos mais importantes do produtor brasileiro. "Cada semente que se coloca no solo é responsável por X gramas da minha produção. O compromisso é muito sério", diz. 

Sobre o vigor, o especialista lembra que independe da cultivar, mas sim do processo de produção da sementes. Com o índice maior, a semente tem capacidade maior para aguentar as adversidades, no entanto, há um limite para isso e esse limite precisa ser respeitado para que a produtividade seja alcançada. "Quanto melhor a qualidade, melhor a emergência", afirma. 

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Por:
João Batista Olivi e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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