Soja pode ter batido no fundo do poço. Nesses momentos,é sempre bom lembrar de fazer hedge de preços

Publicado em 20/08/2021 17:50 e atualizado em 21/08/2021 12:25
Tempo & Dinheiro
Edição do Tempo&Dinheiro desta 6a.feira, 20/agosto/21, com João Batista Olivi

Mercado financeiro brasileiro tem uma das semanas mais voláteis em meses, com tensões na politica e Fed

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SÃO PAULO (Reuters) - Os mercados brasileiros finalizaram nesta sexta-feira uma das semanas mais voláteis em meses, reflexo do recrudescimento de tensões fiscais domésticas e de receios sobre o futuro da política monetária dos EUA.

Chamou atenção o movimento na renda fixa, em que as taxas de DI dispararam mais de 40 pontos-base na quarta-feira. Os juros futuros amenizaram as altas nos dois últimos pregões da semana, mas ainda engataram a quinta semana consecutiva de aumento de prêmio de risco.

O spread entre as taxas dos títulos de referência de dez e três anos saltou 56,5 pontos-base na semana, maior alta desde março, evidenciando o aumento da percepção de risco.

Os preços dos títulos de renda fixa prefixada caíram 0,3% na semana até quinta-feira, depois de quatro semanas consecutivas de perdas. Os números de sexta ainda não foram atualizados e, se não impedirem queda semanal, serão cinco semanas no negativo, mais longa série do tipo desde maio/junho de 2018.

O risco-país medido pelo CDS de cinco anos saltou 10,7 pontos-base no acumulado da semana (considerando números parciais desta sexta-feira), maior alta desde março. O CDS está nos picos desde abril.

O dólar à vista subiu 2,65% na semana, valorização mais forte desde a semana finda em 9 de julho (+4,01%). Já o Ibovespa caiu 2,59% em cinco dias.

Barulheira política está contaminando economia, mas fiscal está firme e forte, diz Guedes

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta sexta-feira que os confrontos políticos não estão sendo interrompidos, o que está ofuscando notícias positivas no front econômico, como o crescimento da atividade e a perspectiva de um déficit primário bem menor no ano que vem.

Segundo Guedes, o déficit em 2022 cairá a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 1,7% este ano.

"O fiscal está firme, está forte, não tem mais ou menos, entretanto, porém, todavia. Não tem", disse ele, em live promovida pela Genial Investimentos.

Por outro lado, o ministro reconheceu a turbulência no noticiário político, em meio a ameaças frequentes do presidente Jair Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Estamos numa democracia. Quem ganha a eleição tem direito de governar, você pega a senha e vai pra próxima eleição e ganha a próxima. Mas nós não estamos conseguindo interromper esse ciclo de agudização dos confrontos políticos", disse Guedes.

O ministro afirmou que atores de todos os lados "às vezes cometem excessos" e ponderou esperar "que haja pacificação à frente".

"Tem enorme barulho político, ele é compreensível, mas tem que ser reduzido", disse Guedes, complementando que "barulheira política está contaminando economia".

O ministro também afirmou que há atores em luta e que sua expectativa é que as instituições "moderem os atores" e os excessos que estão sendo cometidos dos dois lados.

Em sua fala, Guedes procurou reforçar que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal.

Segundo o ministro, antes de a conta de 90 bilhões de reais em precatórios para o ano que vem ser conhecida, a perspectiva era de elevar o benefício médio do Bolsa Família para cerca de 300 reais, o que demandaria 30 bilhões de reais adicionais.

Independentemente da cena ter mudado com o impacto dos precatórios, Guedes disse que a reformulação do programa continuará respeitando o teto.

"O presidente tem mantido compromisso com a responsabilidade fiscal, com teto, ele tem me dado apoio. Toda vez que houve guerra decisiva sobre esse assunto, ele sempre me deu apoio", disse Guedes.

"Enquanto houver esse apoio eu tenho que dizer que estamos cumprindo responsabilidade fiscal, que o Bolsa Família vai ficar embaixo do teto", acrescentou.

O ministro insistiu que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios enviada ao Congresso é crucial para garantir que o Orçamento do ano que vem seja exequível.

Mas apontou que se houve má interpretação acerca da criação de um fundo na PEC, esse instrumento pode ser retirado do texto. Pela proposta do Executivo, o fundo seria alimentado com privatizações e seus recursos serviriam para abater dívida e antecipar pagamento de precatórios.

A PEC divide em dez parcelas o pagamento dos precatórios de mais de 66 milhões de reais e impõe uma limitação provisória dos pagamentos anuais de precatórios a 2,6% da receita corrente líquida, o que também sujeitará precatórios entre 66 mil reais e 66 milhões de reais a eventual parcelamento. Pelo texto, os precatórios de até 66 mil reais serão integralmente quitados.

Segundo Guedes o pagamento dos 90 bilhões de reais em precatórios à vista representaria um "estouro fiscal", razão pela qual isso não será feito pelo governo.

"Tem que ter a PEC do precatório", defendeu.

Com a medida, a estimativa do Ministério da Economia é ganhar 33,5 bilhões de reais em espaço orçamentário no ano que vem.

Quanto à reforma tributária sobre a renda, cuja análise foi adiada na Câmara dos Deputados pela terceira vez consecutiva, o ministro afirmou que se o texto não for construtivo, ele prefere que a proposta não siga adiante.

"Vai ter que comprar agora apoio disso, daquilo, mais Estado, mais município, tudo. Então não tem, não tem problema, não precisa (do projeto)", afirmou.

MEDIDAS PARA INFLAÇÃO

Guedes também indicou nesta sexta-feira que o governo mira a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dentro das ferramentas que tem à disposição para baixar a inflação.

Guedes disse que a medida atingiria uma "série de produtos" e ajudaria "a travar um pouco e circunstancialmente a inflação".

Também buscando domar a alta de preços na economia, Guedes citou a intenção de baixar a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul em 10% num primeiro momento e mais 10% em seguida.

O ministro disse que o Brasil está brigando com a Argentina nesse sentido, já que o vizinho da América do Sul não é a favor da investida.

"Estou numa briga danada", afirmou.

Bolsonaro sanciona LDO de 2022 e veta fundo de financiamento eleitoral

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, mas vetou o trecho da proposta que ampliava o montante a ser repassado a fundo de financiamento eleitoral.

Na véspera, o presidente já havia anunciado que a sanção ocorreria nesta sexta-feira e que faria "a coisa certa", em relação ao fundo eleitoral.

Ao votarem a LDO, parlamentares modificaram as regras Fundo Especial de Financiamento de Campanha, aumentando o montante a ser repassado ao fundo de 2 bilhões de reais para 5,7 bilhões de reais.

Dentre os pontos sancionados, estão metas e prioridades estabelecidadas pela LDO para a elaboração do Orçamento do próximo ano, como a meta de déficit primário de 170,47 bilhões de reais para o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social e de déficit de 4,42 bilhões de reais para as empresas estatais, informou nota da Assessoria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

A parte sancionada da LDO considera como parâmetro macroeconômico crescimento real do PIB para o ano de 2022 de 2,5%, o IPCA em 3,5%, a taxa Selic em 4,74% e a taxa de câmbio média de 5,15 reais por dólar.

A LDO também prevê salário mínimo de 1.147 reais em 2022 como diretriz, mas o valor efetivo precisa ser estabelecido por medida provisória.

Também foram vetados rubricas referentes às emendas de comissões permanentes e às emendas do relator-geral do Orçamento.

Ibovespa fecha em alta com apoio de NY, mas acumula perda na semana

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, no segundo dia seguido de trégua, acompanhando a melhora das bolsas em Nova York, com Sabesp capitaneando os ganhos diante de expectativas relacionadas à sua privatização.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,85%, para 118.155,50 pontos, de acordo com dados preliminares, revertendo a fraqueza do começo do pregão, quando chegou a cair a 116.040,34 pontos.

Ainda assim, acumulou uma performance negativa na semana, de 2,5%, em meio a receios sobre redução de estímulos monetários nos Estados Unidos ainda neste ano e o crescimento mundial, além dos persistentes riscos políticos e fiscais no Brasil.

O volume financeiro somava 27,7 bilhões de reais, com a sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre ações.

Wall St tem rali com alívio de temor sobre Fed, mas registra perda semanal

NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários de Wall Street engataram um rali e fecharam em forte alta nesta sexta-feira, ao final de uma semana tumultuada, diante do enfraquecimento de preocupações de que o Federal Reserve possa dar início ao aperto de sua política monetária "dovish" mais cedo do que o esperado.

Embora os três principais índices de ações dos Estados Unidos tenham terminado a sessão com folga no azul, todos registraram perdas no acumulado semanal, após uma forte liquidação em meados da semana ter interrompido uma sequência de máximas recordes de fechamento do S&P 500 e do Dow.

"No início da semana você via operadores recalibrando suas carteiras antes do comunicado do Fed", disse Matthew Keator, sócio-gerente do Keator Group, uma gestora de Lenox, Massachusetts. "E assim que o comunicado foi divulgado, tivemos um pouco de 'venda no boato, compre no fato'."

Empresas de tecnologia líderes de mercado e megacaps adjacentes, que lidaram melhor do que a maior parte das companhias com a recessão causada pela pandemia, voltaram a dar o maior impulso ao mercado.

Ações de crescimento também foram apoiadas pelos rendimentos dos Treasuries, que terminaram a semana em queda por preocupações de que a crise sanitária possa representar um obstáculo mais longo do que o esperado para a recuperação econômica.

Os participantes do mercado agora focam no simpósio do Fed em Jackson Hole, Wyioming, que ocorrerá na semana que vem e reúne importantes líderes do banco central norte-americano. O mercado busca por pistas do chair do Fed, Jerome Powell, sobre o ritmo esperado de recuperação e um cronograma para o aperto da política monetária do país.

"Em diversas vezes na história o simpósio de Jackson Hole atraiu muita atenção, mas neste ano especialmente", afirmou Keator. "Pode ser que o Fed utilize esta oportunidade para comunicar seus planos para daqui em diante."

O índice Dow Jones subiu 0,65%, a 35.120 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,81%, a 4.442 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,19%, a 14.715 pontos.

Preços do petróleo têm maior perda semanal em 9 meses diante da variante Delta

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo fecharam nesta sexta-feira com a maior perda semanal em mais de nove meses, enquanto investidores venderam contratos futuros antecipadamente diante de perspectivas de fraca demanda mundial por combustíveis, devido ao crescimento de casos de Covid-19.

O mercado de petróleo registrou sete dias consecutivos de perdas, incluindo esta sexta-feira. Diversas nações do mundo estão respondendo ao aumento da taxa de infecções devido à variante Delta do coronavírus, adicionando restrições de viagens para interromper a propagação.

A China impôs métodos de desinfecção mais rígidos nos portos, causando congestionamento, países como a Austrália aumentaram as restrições de viagens e a demanda mundial de combustível de aviação está diminuindo depois de melhorar durante a maior parte do verão.

"É difícil para os preços encontrarem suporte com esse tipo de incerteza", disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLP em Nova York.

O petróleo Brent fechou com queda de 1,27 dólar, ou 1,9%, a 65,18 dólares por barril, uma mínima desde abril, enquanto o recuo semanal somou 8%. O petróleo nos EUA (WTI) para setembro fechou com queda de 1,37 dólar, ou 2,2%, a 62,32 dólares o barril nesta sexta-feira, somando recuo de mais de 9% na semana.

A China, maior importador de petróleo do mundo, impôs novas restrições com sua política de "tolerância zero" contra o coronavírus, que está afetando o transporte marítimo e as cadeias de abastecimento globais. Os Estados Unidos e a China também impuseram restrições de capacidade de vôo.

"Eles estão agindo severamente para evitar surtos mínimos, o que é uma ameaça direta para o perfil da demanda por lá", disse Kilduff.

Dólar salta 2,7% no acumulado de semana turbulenta e já mira Jackson Hole

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda nesta sexta-feira, mas não sem antes superar a barreira dos 5,47 reais, o que atraiu vendas, e a moeda acumulou firme alta na semana, sinal da maior exigência de prêmio de risco diante do aumento do burburinho político-fiscal doméstico e da leitura de que os EUA podem cortar estímulos antes do esperado.

O dólar à vista caiu 0,70%, a 5,385 reais na venda, maior queda desde o último dia 10 (-0,96%).

O alívio depois da alta de quase 3% nas duas sessões anteriores não veio sem volatilidade. Entre a máxima (5,4765 reais, alta de 0,98%) e a mínima (5,3711 reais, queda de 0,96%), a cotação variou mais de 10 centavos de real.

Nesta sexta, o dólar também ensaiou um ajuste de baixa no exterior, embora mais tímido. O índice da moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas recuava 0,14% no fim da tarde, após mais cedo renovar máximas em nove meses e meio.

Aqui, o dólar futuro negociado na B3 chegou ao fim da tarde em baixa de 0,65%, a 5,3900 reais, após cravar 5,4840 reais pela manhã, maior patamar desde o começo de maio.

Em agosto, a moeda à vista ganha 3,39%, elevando a alta no ano para 3,73%.

SEMANA TURBULENTA

O mercado já havia tempos que reagia mal ao noticiário de Brasília, com briga entre os Poderes e pressão por mais gastos, mas foi nos últimos dias que a "ficha caiu", o que provocou uma onda de "stop-loss" (ordens automáticas de negociação de ativos para redução de perdas), o que fez o dólar disparar e levou os juros futuros a um salto de mais de 40 pontos-base em alguns vencimentos.

A sangria foi generalizada. O dólar subiu 2,65% na semana, valorização mais forte desde a semana finda em 9 de julho (+4,01%); o Ibovespa perdeu 2,6% em cinco dias; e os preços dos títulos públicos medidos pelo índice IMA Geral Total, da Anbima, caíram a mínimas desde abril.

"Os investidores já estão colocando nos preços riscos de maior desancoragem das contas públicas, em um ambiente em que Lula segue ganhando espaço em pesquisas (de intenção de voto para presidente) em detrimento dos números de Bolsonaro", disseram profissionais do Citi em nota.

Para o câmbio, há fatores adicionais que podem justificar contínua pressão sobre o real. Os termos de troca (razão entre preços de exportação e importação) sofreram um tombo com as fortes quedas do minério de ferro e já pouco dão suporte à taxa de câmbio.

Além disso, de forma geral o posicionamento indica apostas favoráveis ao real por parte de investidores domésticos, e num ajuste mais forte essas posições podem ser desfeitas, o que teria efeito de compra de dólar e impulsionaria ainda mais a moeda norte-americana.

E esse movimento poderia ser acelerado caso operadores passassem a enxergar valor no mercado de DI (depois dos tombos recentes nos preços dos contratos), o que os estimularia a abandonar posições de alta no real em benefício de caça a pechincha na renda fixa.

Toda a turbulência do contexto doméstico tem como pano de fundo um ambiente externo de cada vez mais intenso debate sobre se os EUA cortarão estímulos monetários ainda neste ano. Segundo o Barclays, o dólar poderia subir perto de 2% ante o real caso um salto de 30 pontos-base no juro real de cinco anos dos EUA provocasse uma queda de 5% no índice MSCI global para os mercados de ações.

No cômputo geral, a semana que vem começará já com a tônica do conservadorismo, com investidores à espera do simpósio anual do Fed de Kansas City em Jackson Hole, nos EUA, em que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, falará na sexta-feira e poderá oferecer pistas sobre o futuro dos estímulos monetários.

Frigorífico da Minerva é alvo de busca e apreensão em operação da PF

SÃO PAULO (Reuters) - Uma unidade da Minerva Foods em Palmeira de Goiás (GO) foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) dentro da Operação A Posteriori, que apura supostas irregularidades de auditores fiscais federais agropecuários no período de 2018 a 2019, informou a companhia nesta sexta-feira.

Segundo a empresa, o procedimento, realizado na véspera, teve cooperação dos colaboradores da Minerva e a planta mantém suas atividades regulares.

"Não existe indiciamento ou denúncia contra a companhia, contra seus administradores ou qualquer de seus empregados ou colaboradores no âmbito da operação", disse em comunicado.

A PF informou em nota que a operação visa combater o recebimento ilícito de valores por parte de servidores do Ministério da Agricultura, para não fiscalizarem o processamento de produtos de origem animal.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos no município de Goiânia (GO).

Segundo a PF, uma denúncia foi encaminhada ao ministério em julho de 2018, dando origem às investigações.

"Também foi apurado que auditores fiscais emitiam certificados sanitários 'a posteriori', com data retroativa, sugerindo a falta de fiscalização in loco dos produtos de origem animal comercializados."

Levantamentos sobre os bens do investigado apontaram para uma evolução patrimonial supostamente incompatível com os rendimentos com servidor público do ministério, apontou a PF.

"Constatou-se depósitos mensais suspeitos, que variavam de 5 mil a 10 mil reais entre os anos de 2018 a 2019. Tais valores representaram quase 50% da remuneração do cargo de auditor agropecuário do Ministério da Agricultura para o período."

Os investigados poderão responder por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, podendo pegar mais de 10 anos de prisão.

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Fonte:
Reuters + T&D

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