Semana começa como terminou a anterior para as cotações do boi, sem alteração nos preços e negócios travados

Publicado em 23/03/2015 12:14
Semana começa como terminou a anterior para as cotações do boi, sem alteração nos preços e negócios travados

Os negócios continuam travados no mercado do boi, a semana começou sem alterações significativas nas comercializações.

A oferta segue curta, assim como a demanda e os frigoríficos não conseguem reduzir o preço da arroba em função da pouca oferta.

"A única mudança que vemos é uma piora na perspectiva do consumo, por conta do cenário que a economia apresenta. Mas no geral com relação ao preço e conjuntura ela continua a mesma de duas a três semanas atrás", afirma Alex Santos Lopes, consultor da Scot Consultoria.

Nas praças paulistas houve valorização, para R$146,00/@, à vista, sendo que estão cada vez mais frequentes os negócios acima desse patamar, e R$147,00/@ a prazo.

Na dificuldade em adquirir bons lotes de animais, as indústrias aumentaram as ofertas de compra. Apenas algumas compras vêm sendo realizadas em R$145,00/@, à vista, no entanto, em menor volume.

"Tem pecuaristas que estão mantendo seus animais no pasto - com as chuvas recentes tem condição de capim - para ganhar peso e tentar melhores preços. Mas não é esse o grande motivador para a alta", explica.

A falta de oferta - em função do ciclo de produção - e a safra restrita por conta da falta de animais de reposição o ano passado, são para Lopes, os principais motivados do mercado ajustado.

"Será um ano de muito ajuste para a margem da indústria. Não terá folga por parte do frigorifico para comprar em preços menores a matéria prima. E vamos ver como isso vai impactar no preço da arroba, que por enquanto só tem limitado o mercado do boi", considera o consultor.

As recentes desvalorizações da carne, junto à firmeza da arroba, prejudicam a margem da indústria, inclusive Lopes afirma que algumas plantas tem reduzido sua capacidade operacional na tentativa de diminuir custo, em função da dificuldade com a matéria prima.

Além disso, o pecuarista tem preocupação com relação aos animais de reposição que "desde o início deste ano sofreu uma alta de 8,5%", e para Lopes esse fator restringe a margem do produtor diminuindo o ritmo nas vendas.

No entanto, segundo Alex, a referência de R$ 156,00/@ para outubro é um valor que atraí o produtor, onde ele já travar esses preços na bolsa. "Mesmo que não haja virada de mercado, atingir esses patamares pode ser difícil por falta de fôlego dos frigoríficos, então já garantir esse patamar pode ser um bom negócio", concluiu.

Na exportação o cenário também mostra pouca possibilidade de melhoras, registrando nesses 23 dias de março uma redução de 15% no volume exportado.

 

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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