Semana encerra com forte pressão negativa sobre os preços da arroba e frigoríficos sem demanda para a carne
A semana encerra com forte pressão sobre a arroba do boi gordo. Nos últimos dias as indústrias frigoríficas reduziram o volume de comprar para enxugar os estoques e evitar recuos maiores nas margens de comercialização.
As vendas de carne na primeira semana do mês foram fracas e nem mesmo o baixo volume de animais terminados conseguiu segurar as cotações. Em São negócios com a arroba do boi ocorrem entre R$ 154,00 e R$ 155,00 a vista.
"O segundo ponto que todos discutem hoje, é se o Brasil conseguirá ou não sustentar as 100 mil toneladas/mês com o câmbio voltando ao patamar de R$ 3,20", alerta o analista da FCStone, Caio Toledo Godoy.
Segundo ele, em outros períodos com a taxa de câmbio neste nível, as vendas externas de carne bovina 'in natura' pelo Brasil ficaram na média de85 mil toneladas por mês, significando o excedente de 15 mil toneladas em um mercado interno fragilizado.
Diante dessa conjuntura a tendência é que os preços continuem pressionado, "mas no nível de R$ 162,00/@ indicado na BM&F para o segundo semestre deve ser um valor de estabilidade por um bom tempo", considera Godoy.
Além disso, quando o mercado futuro chegou a R$ 166,00/@ muitos pecuaristas aproveitaram o bom nível para fechar os contratos de animais que começam a entrar agora na escala dos frigoríficos.
Com os bois a termo as indústrias restringiram ainda mais as compras no físico, favorecendo o movimento de pressão nesta semana.
"A expectativa é que o mercado se mantenha estável, mas devemos ficar atentos a demanda por carne bovina. Para o longo prazo a tendência é de cotações se mantendo em níveis elevados", pondera o analista.
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