Movimento de alta da carne no atacado perde força e limita repasse de preços para a arroba do boi
A continuidade no movimento de reação nos preços da arroba, como era esperado na primeira quinzena de outubro, não vem acontecendo. As valorizações da carne no atacado perderam força no período, limitando a possibilidade de pagamentos maiores pela matéria prima.
Conforme explica o analista da FCStone, Caio Toledo Godoy, nas últimas semanas o varejo ainda conseguia bancar as valorizações do atacado, mesmo que o consumo não estivesse em níveis historicamente positivos.
Nesta semana, porém, "era esperado que o varejo continuasse absorvendo as valorizações do atacado, mas isso não ocorreu", explica Godoy.
E muito embora as margens de comercialização das indústrias já estejam trabalhando positivas, os frigoríficos resistem em bancar altas na arroba diante do consumo ainda lento.
Dessa forma, em São Paulo as comercializações ocorrem entre R$ 150,00 a R$ 151,00/@, sendo bastante limitado negócios acima ou abaixo desse patamar.
Na praça paulista outro fator vem restringindo altas na arroba. Segundo Godoy, os frigoríficos no estado possuem um elevado percentual de animais a termo ou parcerias compondo as escalas de abate, "por isso, acaba precisando de menos matéria prima disponível neste momento."
Diante desse cenário, em São Paulo algumas indústrias reportam programações que atendem até 12 dias úteis.
Já em outros estados a dependência por animais disponíveis é maior, impulsionando as cotações da arroba com mais força, como exemplifica o analista ao citar o Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Para o próximo mês a perspectiva de incremento na demanda com as festividades de final de ano; as chuvas beneficiando as pastagens - que possibilita a retenção de animais -; e o fim da oferta de confinamento, podem dar fôlego para novas altas do boi gordo, considera o analista.
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