Preços futuros do boi não corrigem nem inflação projetada para 2017 e apontam para um tendência de baixa ao longo do ano

Publicado em 20/12/2016 11:33
Confira a entrevista de Caio Junqueira - Cross Investimentos
Primeiro trimestre de 2017 pode ter aumento de oferta de fêmeas para abate, no entanto, para analista, oferta de bois prontos será menor que o esperado. Entenda porque

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Preços futuros do boi não corrigem nem inflação projetada para 2017 e apontam para um tendência de baixa ao longo do ano

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O final de 2016 tem frustrando muitas expectativas de que a tradicional demanda dos períodos festivos pudesse alavancar os preços da arroba. Na penúltima semana do ano, os pecuaristas se deparar com cotações pressionadas, que ainda se sustentam pela baixa disponibilidade de animais terminados.

As expectativas ficam agora com o andamento de mercado em 2017. Mas, as projeções também não são animadoras. Conforme destaca o analista da Cross Investimentos, Caio Junqueira, "temos hoje, um vencimento para outubro/17 sendo negociado a R$ 148/@, precificando uma arroba que não leva em conta, sequer, correções com base na inflação", diz.

Para 2017, o mais recente levantamento dos economistas de instituições financeiras consultados na pesquisa Focus do Banco Central, apontou a inflação em 4,90%. A meta do índice ficou entre 4,5%, com teto em 6%. Neste contexto, Junqueira ressalta que a arroba, no próximo ano, deveria variar perto de R$ 160/@, corrigido pela inflação.

O analista ressalta que a incertezas políticas e a tendência de virada de ciclo pecuário, estão entre os principais fatores da precificação baixista em 2017.

"Temos historicamente janeiro e fevereiro fracos de exportação e, provavelmente também teremos um período catastrófico de consumo interno, mas excluiria baixas - além dos preços atuais - no início de 2017", afirma Junqueira.

Do lado da oferta há uma tendência de aumento na disponibilidade de animais terminados, pelo crescimento na participação de vacas nas programações. "Considerando o histórico dos últimos 12 anos, em 2016 tivemos um dos menores índices de abate de fêmea (menos de 3,5 milhões de cabeças), indicando que provavelmente teremos virada de ciclo no próximo ano", acrescente.

A orientação no analista é para que os pecuaristas se protejam, evitando risco. As operações no mercado futuro são uma alternativa para 2017, a fim evitar grandes oscilações de preço, diante de um mercado tão incerto.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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