Criadores de wagyu PO faturam até 2,2 vezes sobre a @ e com venda da genética, inclusive para cruzamentos; oferta ainda é curta

Publicado em 19/12/2017 15:16
Confira a entrevista com Eliel Marcos Palamim - Veterinário e Gerente da Fazenda Yakult
Animais para abate (28/30 meses, 750 kg) são castrados ainda no pé da mãe para favorecerem o marmoreio e não dificultarem o manejo, quando adultos, por conta da precocidade sexual. Vacas reproduzem com 15/16 meses. Quanto mais cocho, melhor a gordura entremeada na carne.

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Eliel Marcos Palamim, veterinário e gerente da Fazenda Yakult, conversou com o Notícias Agrícolas nesta terça-feira (19) para destacar a criação da raça de boi Wagyu, responsável pela obtenção do kobe beef.

A fazenda foi a primeira a trabalhar com esse mercado de nicho no Brasil. Em 2008, foi criada a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu, que conta com sede na própria empresa e realiza um trabalho de fomento para disseminação da raça.

Hoje, oito a nove estados brasileiros realizam trabalho caseiro para entregar o produto para o consumidor. São cerca de 6000 animais de raça pura registrados na Associação e 40 mil animais provenientes de cruzamento industrial.

Segundo Palamin, tanto os criadores de gado europeu, que já possuem o conhecimento do manejo diferenciado quanto os criadores de Zebu estão entrando neste mercado. O custo de produção do cruzamento pode ser semelhante ao da raça pura, de forma que muitos trabalham na transição do gado cruzado para o gado puro, abrindo a oportunidade, então, para comercializar sêmen, embriões e animais.

O cálculo de preço para a venda de animais dessa raça é de 2,2 vezes a arroba do boi comum. Um animal pronto para abate, com cerca de 750kg e desenvolvimento de 28 a 30 meses, pode ser vendido por volta de 14 mil reais.

Esse animal necessita do cocho para que o marmoreio, ou seja, a gordura entremeada na carne, alcance os resultados desejados. Há confinadores que trabalham com música clássica para acalmar os animais. O veterinário diz que a administração de técnicas de massagem, como ocorre no Japão, são impossibilitadas pelas áreas maiores, mas que, caso fosse possível, os resultados de marmoreio seriam melhores.

Com o baixo número de criadores no Brasil, existem outros países com abertura comercial para trazer essa raça ao mercado local. Palamim lembra que a carne Kobe é cada vez mais demandada por restaurantes, de forma que esta pode ser uma diversificação rentável.

Para entrar em contato com a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu: [email protected]

Acesse o site: https://www.wagyu.org.br/

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Por:
Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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