Falta de liquidez no mercado do boi pela paralisação das estradas deixa praças sem referência de preços
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Entrevista com Alex Santos Lopes - Analista da Scot Consultoria sobre o mercado do boi gordo
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Com a greve dos caminhoneiros em função da alta dos combustíveis, principalmente do óleo diesel, as principais praças estão sem referências para os preços do boi gordo por conta da baixa da liquidez. Contudo, a perspectiva é que quando terminar os protestos o valor da arroba deverá ter uma ligeira alta.
De acordo com o analista da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, o mercado começou a sentir dificuldade parar comprar a matéria-prima e escoar a produção. “Ainda estamos fechando os nossos levantamentos, mas temos cerca de 85% das praças sem estabelecer referências para o dia de hoje”, afirma.
Caso a paralisação dos caminhoneiros continue nos próximos dias, pode gerar uma concentração de oferta no mercado. “A tendência é que esses preços subam momentaneamente, mas a partir do momento que parar a greve vamos ter uma normalização de oferta e demanda”, destaca.
Ainda segundo Lopes, a pequena alta dos preços dos frangos não vai afetar diretamente ao aumento do consumo da carne bovina. “Se o preço do frango continuar subindo pode dar um pouco mais de fôlego a carne bovina, mas a carne de frango tende a ficar mais barata e não atrapalhar no consumo”, diz.
Confinamento
Ainda segundo o analista, a atual alta do milho e os patamares das referências do boi não tornam o confinamento viável ao pecuarista. “Eu acredito que devemos ter uma entressafra atípica com preços subindo a partir de julho a agosto. Porém, é o consumo que vai fazer a diferença”, ressalta.
Na região de Pouso Redondo/SC, o frigorifico Verdi está com o curral vazio por conta da greve dos caminhoneiros.
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