Com fim da taxa de exportação do wet blue, dando mais competitividade, mercado espera que produtor ganhe pelo couro

Publicado em 30/08/2018 14:02
Sebastião Guedes - Vice-Presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte
Mapa/Secex/Camex decidiram em reunião nesta quarta (29) e agora vai ser publicada no DO. Imposto está em torno de 9% (já foi menor) e servia para ajudar a indústria calçadista. Pleito antigo do conjunto da cadeia e que agora, com menos custo carregado nos embarques, setor pecuarista espera ganhar também, mas precisa garantir regularidade e qualidade.

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Entrevista com Sebastião Guedes sobre o Fim de imposto exportação do wet blue

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Após 18 anos de aplicação de imposto de exportação ao couro wet blue e 26 anos para o couro salgado, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex), da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a retirada da alíquota. O pedido de exclusão foi defendido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir de solicitação da Associação Brasileira de Frigorífico (Abrafrigo) referendada pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e pela Associação Brasileira de Criadores (ABC).

No Mapa, o entendimento foi de que o imposto de exportação era distorcivo e que a melhor estratégia para o desenvolvimento da produção é a adoção de medidas que visem ganhos a todos os elos da cadeia, até o produto final. De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, há disposição de dialogar com representantes do setor de forma a construir uma agenda estruturante que foque na melhoria do couro nacional.

Foram realizadas reuniões técnicas com o objetivo de elencar os elementos para subsidiar os ministérios que integram a Camex (Casa Civil, Secretaria Geral da Pressidência da República, Mapa, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, das Relaões Exteriores, da Fazenda, dos Transportes e do Orçamento e Gestão.

Fungicidas

Na reunião, o Mapa defendeu o indeferimento de pleito da Adama Brasil de elevação da alíquota do imposto de importação para o fungicida tebconazol técnico, de 2% para 14%, e para o formulado, de 8% para 14%, por entender que a elevação implicaria em aumento de custos da produção. Trata-se de um dos defensivos mais utilizados no país, com aplicação em diferentes culturas, desde as de menor escala, como abacaxi, beterraba, cevadas, como nas maiores, soja, trigo, milho e arroz.

O Comitê indeferiu, também, pleito da Lamberti Brasil Ltda, de elevação da alíquota, de 2% para 12%, do Dipropilenoglicol Dibenzoato, solvente para formulação de inseticida. O Dipropileno é empregado como diluente do lufenuron, defensivo amplamente empregado na nas culturas de grãos, frutas e hortaliças.

Abrafrigo

Em nota ao Notícias Agrícolas, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) informou que recebeu ontem, quarta-feira 29 de agosto, a informação do Secretário da SRI/MAPA, Dr. Odilson Silva, de que o Imposto de Exportação de 9% sobre o couro caiu durante a reunião da CAMEX, finalmente encerrando uma luta que a ABRAFRIGO vinha travando há mais de um ano. 

A entidade reitera que ainda espera que esta medida doravante possa beneficiar os frigoríficos brasileiros como também os próprios pecuaristas, tornando mais flexíveis as negociações do couro no mercado interno e externo.

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas/MAPA

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