Em Campo Grande/MS, abates são de grandes lotes de boi a termo e escalas ficam curtas para balcão, regulado pelo consumo

Publicado em 07/03/2019 17:31
Leonardo de Barros - Pecuarista
R$ 141/142 é a média da @, mas negócios estão travados com a baixa oferta pós-veranico descasada do consumo. Boi orgânico margeia 10% sobre a @ e o boi sustentável do pantanal, com chancela da ABPO, goza agora de incentivo fiscal do ICMS.

Podcast

Entrevista com Leonardo de Barros - Pecuarista sobre o Mercado do Boi Gordo

Download
 

LOGO nalogo

No município de Campo Grande/MS, as indústrias frigoríficas estão abatendo mais animais negociados no boi a termo, enquanto, as escalas de abate estão curtas para o balcão e são reguladas pela a demanda. Contudo, a pecuária orgânica está com uma margem de 10% acima da arroba.

Segundo o pecuarista da localidade, Leonardo de Barros, as pastagens ficaram muito comprometidas com o veranico no final do ano passado e as chuvas generalizadas retornaram há pouco tempo. “Então, não é aquele capim com todo o vigor e a safra do boi está prejudicada de uma forma geral por conta das adversidades climáticas”, afirma.

Por outro lado, as condições climáticas não influenciaram nas referências do boi gordo já que o mercado está travado pela a baixa demanda no consumo interno. “A economia precisa virar para ter uma melhora de preços na arroba do boi. Além disso, eu tenho a impressão de que esse ano vai ser de estabilidade nas cotações e eu não acredito que vamos ter uma baixa histórica na arroba como acontece historicamente”, destaca.

Com relação às exportações, o produtor rural ressalta que os volumes exportados não são determinantes para a formação dos preços da arroba. “Alguns especialistas dizem que a exportações começa a contaminar a partir de 35% da nossa produção de carne, sendo que ainda não estamos nestes patamares atualmente e são poucos frigoríficos exportam para outros países”, relata.

A expectativa para os próximos anos é que as novas tecnologias vão ajudar a impulsionar o mercado da pecuária. “Com as tecnologias será possível tratar de capim como cuidamos das lavouras de grãos e nós só temos a ganhar com aumento de produtividade e bem estar animal”, comenta.

Preços

Atualmente, as referências para o boi gordo na região estão ao redor de R$ 140,00/@ a R$ 141,00/@ e os animais bem acabados giram em torno de R$ 142,00/@. “Os lotes grandes são negociados com diferencias de preços e os frigoríficos estão com escalas de abate de até três a quatro dias”, acrescenta.

Boi Orgânico

Na região do Pantanal, os pecuaristas estão investindo na produção de boi orgânico para atender uma demanda mais seletiva. “Eu estou acreditando muito na produção sustentável, e principalmente, em transmitir ao consumidor a origem desse animal e a forma como ele é criado. Porém, essa carne tem que ter algum valor intrínseco que não só qualidade, maciez e suculência”, completa.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Eduardo Ferraz Pacheco de Castro Cuiabá - MT

    Leonardo de Barros sabe tanto de Pecuária Pantaneira que, mesmo com o áudio baixinho, a gente chega mais perto do alto falante pra segui-lo ouvindo.

    0