Mercado do boi parado com China fora das compras e consumo interno em ritmo lento

Publicado em 20/12/2019 13:24
Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos
Situação só deve voltar ao normal em fevereiro

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Mercado do Boi Gordo - Entrevista com Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos

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Com a chegada das festas de final de ano, o mercado do boi gordo está em busca de um equilíbrio nas referências da arroba. Além disso, a demanda no mercado interno reduziu após a veiculação da mídia da alta da carne e isso tem deixado as indústrias cautelosas para ofertar valores maiores.

O analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, destacou que as cotações do mercado do boi estão em um ponto de equilibro. “Nós estamos passando por um final de ano com uma ausência da demanda da China. Além disso, a alta da carne ficou muito exposta na mídia e isso dificultou o escoamento no mercado interno”, afirmou.

Neste final de ano, o mercado está com baixo volume de pedido e isso está deixando as indústrias muito receosas em continuar pagando valores maiores para a arroba. Para o próximo mês, Junqueira salienta que historicamente o janeiro não tem um bom desempenho por conta do baixo consumo.

“Tem muitos impostos que começam a chegar em Janeiro como: IPVA, IPTU e Material Escolar. E isso acaba inibindo a parte de consumo. Porém, em janeiro podemos ter mais negociações sendo fechadas do que estamos observando nesta reta final do ano”, comenta.

Com relação às exportações, a potência asiática ainda enfrenta problemas com a epidemia de peste suína africana em que comprometeu a oferta de proteína animal. “Essa demanda deve continuar aquecida até 2020, mas não sabemos como vão ficar os preços, se a China vai habilitar mais plantas frigoríficas e reduzir as restrições dos animais”, relata.

Em clima de fim de ano, mercado físico do boi gordo registra poucas movimentações

A maioria das indústrias frigoríficas paralisou as operações para o período de recesso do fim de ano e, com os atuais patamares de preços, não está ocorrendo novos negócios. As preocupações com a demanda Chinesa levou muitas plantas a optarem por diminuir o volume de abates diários.

Os pecuaristas ainda detêm algum lote remanescente de boiada pronta no campo, após o acúmulo de quedas das cotações saíram das vendas. “O movimento de fortes correções de preços resultou no atual quadro de escassez de oferta de boiada e ajuda a conter uma queda mais acentuada no valor da arroba”, destacou a Informa Economics FNP.

A consultoria Agrifatto apontou em seu relatório que as indústrias que dispõem de escalas até a semana do Natal, poderão intercalar ou realocar seus trabalhados durante a semana entre o Natal e o Ano Novo. "As escalas médias de abate em Goiás, São Paulo e Mato Grosso estão mais confortáveis, com as programações girando em torno dos 7, 8 e 9 dias úteis, respectivamente. No Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, as indústrias trabalham com aproximadamente 5 dias úteis", informou. 

O analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, destacou que as cotações do mercado do boi estão em um ponto de equilibro. “Nós estamos passando por um final de ano com uma ausência da demanda da China. Além disso, a alta da carne ficou muito exposta na mídia e isso dificultou o escoamento no mercado interno”, afirmou.

Assista a entrevista AQUI.

No aplicativo Agrobrazil, os participantes informaram negócios na região de Nova Andradina/MS de R$ 195,00/@, à vista e com data para o abate em 31 de dezembro. Na localidade de Sonora/MS, o valor negociado para o boi com padrão exportação foi de R$ 196,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para o abate em 27 de dezembro.

Em Agudos/SP, o valor negociado para o animal comum foi de R$ 205,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para o abate em 06 de janeiro. Na Rancharia/SP, ocorreu um negócio ao redor de R$ 210,00/@, à prazo com dez dias para pagar e com data para abater em 03 de janeiro.

De acordo com o boletim matinal da Radar Investimentos, o mercado físico esteve praticamente vazio de negócios durante esta semana em São Paulo. “A volatilidade dos preços é comum, pois o intervalo das tentativas de compra é grande. No mercado atacadista, as vendas no mercado interno foram maiores frente às duas semanas anteriores”, ressaltou.

B3

Na Bolsa Brasileira (B3), as cotações futuras do boi gordo terminaram a sessão desta sexta-feira (20) em campo misto. O vencimento Dezembro/19 encerrou precificado a R$ 203,60/@ com uma queda de 0,27%. O contrato Janeiro/20 registrou um avanço de 0,20% e está cotado a R$ 199,00/@. O Fevereiro/20 teve um recuo de 1,24% e foi negociado a R$ 198,40/@.

Confira como ficaram as cotações para o Boi Gordo nesta sexta-feira:

>> BOI

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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