MS deve encerrar o ano com redução expressiva no abate de animais, mas manter volume exportado de carne bovina, mesmo sem a China

Publicado em 07/12/2021 12:42 e atualizado em 07/12/2021 16:34
Frederico Stella - Diretor da Famasul
Cotações do boi em MS recuam depois que os frigoríficos conseguiram alongar escalas pagando R$320 /@ na semana passada

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O volume de animais abatidos registrou uma queda de 14% entre janeiro a novembro deste ano no estado do Mato Grosso do Sul, isso significa que 380 mil cabeças foram abatidas. Em 2020, foram abatidos em torno de 2.6 milhões de cabeças neste mesmo período  e neste ano já foram abatidos cerca de 2.2 milhões. 

De acordo com o Diretor da Famasul, Frederico Stella, o volume abatido de fêmeas teve uma redução de 21% neste ano, frente ao total abatido em 2020. “O cenário de redução do volume abatido é reflexo da retenção de matrizes, mas que a partir de 2022 devemos ter um aumento da safra de animais”, comentou. 

As indústrias frigoríficas conseguiram alongar as programações de abate ofertando preços melhores para arroba. “Na semana passada os frigoríficos atuaram com mais intensidade nas compras e chegaram a pagar R$ 320,00/@. Com isso, as escalas ficaram mais confortáveis e as indústrias passaram a ofertar valores próximos de R$ 305,00/@ a R$ 310,00/@”, informou. 

Com a maior parte dos animais nos pastos, os custos de produção devem registrar uma queda nos próximos meses e isso deve favorecer a rentabilidade dos pecuaristas. “Se os preços da arroba bovina se manterem nesses patamares nós vamos conseguir fechar a conta”, destacou. 

Com relação à demanda interna, Stella ressalta que o volume exportado registrou uma estabilidade frente ao total embarcado no ano passado. “No estado, as exportações embarcaram em torno de 310 mil toneladas  e isso está muito próximo do que enviamos no ano passado”, disse em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Eduardo Ferraz Pacheco de Castro Cuiabá - MT

    Não concordo quando dizem que o PASTO é o insumo mais barato da Pecuária. Pois bem, quando se decide por produzir pastage, automaticamente se abre mão de se produzir Soja ou Milho, deixando uma fatia importante de lucro no seu Hectare. ... A produção À PASTO deve ser muito valorizada, pois é amplamente saudável --- e não concorre com a alimentação humana.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      PARABÉNS !!! ESSA É A MAIS PURA REALIDADE !!!

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sr Eduardo Castro, preciso e exato. Muito bom! Esse será o diferencial mais competitivo do Brasil. Quando definirmos definitivamente o verdadeiro "Gado Selvagem Brasileiro com controle sanitário", não será nem " green fed" ou "Organic meat", esse será o nosso valor agregado. Seremos reconhecidos no mundo inteiro pelo selo: "HealthBrazilianWildCattlebeef". Logo logo o mundo saberá a importância da nossa carne. Acredito que faltam alguns aprimoramentos na conservação regenerativa do ambiente geral das propriedades, mas estamos chegando lá.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Na questão do pasto, de ser o produto mais barato da atividade, acredito que tenha sido no intuito de investimento versus retorno, a capacidade da elasticidade do lucro real conforme investimento realizado na qualidade e volume da produção da pastagem. Nessa visão, o pasto pode se tornar o produto mais barato para aumentar a produtividade de arrobas por hectare. ... Pode custar caro, mas o ganho/benefício será muito maior. Uma opinião.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Aloisio comecei com gado mas depois fui pra soja---Sou limitadissimo em conhecimentos pecuarios, mas acho errado os pastos todos descampados---O brasileiro foi pra India para trazer gado resistente ao calor, mas nunca ninguem pensou em fazer pastos meio sombreados onde o capim oferece mais proteina e as arvores protegem do sol e do vento---Se plantar mogno africano em fileiras distanciadas acho que o retorno sera' muito maior-----Sera' que estou errado ???

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. CARLO MELONI, a melhor forma é plantar espécies nativas e que são comuns da região. Pois, estas estão aí, sendo "vencedoras a milhares de anos"...

      O Sr. sabia que existem plantas que detectam um mineral deficiente no solo?

      Por exemplo: O girassol detecta deficiência de Boro (B)

      O carrapicho detecta deficiência de Cálcio (Ca).

      O leiteiro (erva daninha no soja) detecta deficiência de Molibdênio (Mo).

      Lembra? Antigamente terra que tinha sapé, taquara, samambaia era uma mostra de que era ácida e precisava de calcário.

      Ou seja, as plantas daninhas, são vegetais que têm uma capacidade maior de extrair aquele nutriente que está com um nível muito baixo ou, poderíamos dizer: Têm uma capacidade maior de reciclar certos tipos de nutrientes.

      Então, quando uma planta começa a dominar na área e, se torna um "pobrema"!!! Ela só está indicando que o solo está descompensado e precisa ser "reciclado" !!!

      às vezes é mais barato aplicar 2 a 4 Kgs/ha de um micronutriente deo que, ficar aplicando herbicidas anos à fio no intuito de erradicar uma "praga" !!!

      SIMPLES ASSIM !!!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Paulo agradeço o tempo que me despensou, seus conhecimentos praticos e descomplicados sempre melhoram os nossos-----Com relaçao a utilizar especies nativas eu tenho uma certa aversao----Quando quiser se beneficiar da madeira e' preciso fazer um plano de manejo e sub mete-lo ao corpo tecnico da secretaria do meio ambiente, que considero dispendioso complicado e arriscado----PREFIRO ASSUNTOS DESCOMPLICADOS

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Muito compreensível todos seus comentários Sr Carlo Meloni. Tenho as duas formas em atividade na fazenda da empresa. Não se trata do Mogno, conheço plantios e tenho muito pouco, apenas uma área de monocultura, em uma propriedade da família. Por uma questão de estratégia comercial e técnica, não utilizamos o mogno como opção para sistemas silvopastoris. Mas se quiser conhecer pastos consorciados com leiras de especies nativas, já implantados há mais de 15 e 20 anos,,, ou com eucaliptos de diferentes tipos e métodos de plantio, temos para apresentar. Fica o convite.

      Posso lhe dizer que só tenho tido bons resultados em vários aspectos. Mas aqui daria para escrever um longo texto explicando toda essa complexidade. Não tenho muitos números ou dados técnicos das áreas nativas, por falta de necessidade, mas na experiência prática e alguns registros básicos… as áreas com árvores nativas têm sido muito produtivas em vários aspectos.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Um detalhe importante, hoje tenho madeira na fazenda suficiente para várias necessidades de forma sustentável, até mesmo para casas, cercas e tantas outras necessidades da atividade rural em si.

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    • Antonio Reginaldo de Sá Filho SALGUEIRO - PE

      Parabéns, Aloisio, Carlos, Paulo e Eduardo, o nível dos comentários estão melhores que a matéria em si.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. CARLO admiro a sua expectativa. Uma espécie nativa vai atingir a maturidade daqui uns 30 a 40 anos ... Na minha expectativa ... EU JÁ VIREI PÓ !!! .... KKKKKKKKKKKKKK

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Eu ainda iria além ... nos meus pitacos ... Aconselho a escolher algumas espécies melíferas pois, elas irão atrair insetos de toda espécie, inclusive os mais benéficos para a natureza ... As abelhas !!!

      Enfim, esses tipos de árvores atraem insetos polinizadores, pássaros ... Veja que a vida de muitas espécies são "atraídas" por essas espécies vegetais ... Aí vão surgir outras espécies que vão se alimentar, dos primeiros "moradores" do habitat ...

      E por último vem o Homo sapiens e, resolve na sua luta incessante contra a natureza e ... MUDA O HABITAT !!!

      E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE !!! KKKKKKKKKKKKK

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sr Paulo Rensi, esse é um dos motivos do consórcio, pasto com espécies nativas. Lembrando que a abelha doméstica, européia e africana, ou o cruzamento dessas, não são muito bem vindas. Prefiro as espécies nativas, marmelo, jataí, arapuá e tantas outras, são muito bem vindas. No caso das árvores e arbustos, as leguminosas e estilosantes, são as preferidas. O nelore, adora roer a casca da semente do baru. Temos que controlar algumas espécies tóxicas para o gado, como a favela e o tamboril. Prefiro deixa las nas reservas cercadas.

      Eu tenho uma visão a longo prazo, que o Brasil será muito bem reconhecido mundialmente, pelo mérito de como criamos o gado e, como a nossa pecuária é tão rica e sustentável.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sr Paulo Rensi*.

      A nossa pecuária é tão rica na diversidade de recursos naturais e na qualidade da genética utilizada.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sr Carlo Meloni, me lembro dessa história. Acho q o senhor mencionou isso em algum outro debate. Entendo perfeitamente esses problemas específicos. São muito complexos mesmo.

      O propósito das vegetações nativas estão além do uso desses recursos como matéria prima. Mas para uso próprio, venda ou comercialização de frutos nativos, temos que fazer requerimento de licença junto ao órgão ambiental responsável do seu município.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Mata Atlântica essas questões são muito mais complexas. As regras são mais restritivas e limitadas.

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