Preços do café seguem pressionados até setembro, mas podem registrar recuperação no último trimestre

A safra de café está atrasada em algumas regiões do Brasil em função do atraso de amadurecimento dos grãos. Contudo, essa condição não influenciou nos preços internacionais até o momento.
A expectativa do Rabobank é de que, neste ano, o Brasil colha 56,8 milhões de sacas, como conta o analista Guilherme Morya, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (28). Deste total, 41 milhões devem ser de café arábica.
Sendo assim, o que cresceu em relação à safra anterior foi a produção de conilon. Nos preços, a diferenciação virá na qualidade: a demanda de café arábica de menor qualidade acabou acompanhando a demanda do conilon na safra passada. Agora, aqueles produtores que obtiverem um café de melhor qualidade irão conseguir se destacar neste mercado.
Quando chegar no ápice da safra, os preços poderão ter uma queda acentuada. Contudo, no curto prazo, não há nenhum fator em vista que possa trazer algo de fundamental para as cotações. A bianualidade baixa e as especulações em torno da próxima florada, entretanto, podem impulsionar o movimento de alta, embora não seja possível esperar preços muito acima de US$1,30/lb até o momento. A valorização do dólar ainda pode coincidir com o momento.
Segundo Morya, a geada poderia impactar diretamente o mercado, bem como o arábica ainda pode enfrentar problemas na Colômbia. Portanto, o clima deve ser um fator a ficar no radar para os próximos meses.
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