Café: Apesar de altas, cenário é preocupante para exportações e consumo mundial
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Entrevista com Fernando Maximiliano - Analista de Café – INTL FCStone sobre o Mercado do Café
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A semana do café na Bolsa de Nova York (ICE Future US) foi agitada, com movimentações expressivas e o analista de mercado Fernando Maximiliano, da FC Stone, destaca que a volatidade do mercado é motivada pelo Coronavírus, os preços do petróleo e também pela preocupação com as exportações e consumo mundial da bebida.
Apesar da semana intensa, o mercado do café em especial registrou várias sessões de altas, indo contra as demais commodities que mais uma vez registraram quebras expressivas nas bolsas. "A gente pode citar o balanço entre oferta e demanda, o café árabica está enfrentando um período apertado", destaca.
Fernando explica ainda que as exportações brasileiras apresentaram baixas em comparação com o ano passado e os estoques americanos de café registraram baixa de mais de 370 mil sacas de café. "Então os estoques certificados da ICE e os demais fatores mostram que está mais difícil originar o café no mercado", comenta. As baixas, segundo o analista, ficaram acima do que era esperado pelo setor cafeeiro.
Outro ponto importante para o mundo, são os embarques de café que podem ser afetados devido a crise do Coronavírus. Fernando destaca que o pedido de paralisação dos trabalhadores do Porto de Santos, traz ainda mais incerteza pro mercado. "Além disso especula-se muito que existe um problema com os containers que ficaram parados na China, além disso existe as medidas que os governos estão tomando em relação à doença", analisa.
No pior dos cenários, caso as fronteiras sejam fechadas, o impacto será expressivo. "Se a gente parar por um mês o prejuízo pode ser grande, a gente espera uma redução bem agressiva neste final do primeiro semestre e início do segundo", destaca o analista.
O consumo mundial também pode ter sofrer um impacto negativo, tendo em vista que as medidas de contenção da doença também acabam fechando restaurantes e cafés principalmente na Europa e Estados Unidos. "O consumo interno vai depender de como serão as medidas anunciadas pelo governo", comenta.
Veja a análise completa no vídeo acima
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