Após período de estabilidade, inverno devolve volatilidade ao mercado de café e dólar melhora os preços no físico
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Entrevista com Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX sobre o Mercado do Café
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O mercado futuro do café teve mais uma sessão de Bolsa de Nova York (ICE Future US). Além das questões climáticas, que sustentam os preços desde o início da semana, Fernando Maximiliano, analista da StoneX destaca que a queda do dólar também ajudou dar suporte aos preços em alta nesta terça-feira, dia 1º de julho. Os principais contratos finalizaram o pregão com valorização de 300 pontos.
"O mercado digeriu a questão de balanço de oferta e demanda, e passou o foco para o foco do clima brasileiro. A movimentação de hoje tem grande influência do dólar e isso deu suporte em Nova York, daqui pra frente o mercado deve continuar acompanhando essa questão e a gente ainda tem grande parte do Inverno e isso pode trazer volatilidade", afirma o especialista.
O mercado do café que já é considerado volátil pelo setor, durante a pandemia do Coronavírus apresentou ainda mais variações. Vale destaca que entre as commodities agrícolas, o café pode ser considerada uma das que quase não sentiu os impactos do vírus de maneira expressiva.
"É difícil falar qual vai ser o patamar dos preços porque além da questão da frente fria, tem a questão do dólar e o ambiente macro global e que a gente sabe que também está bem complicado com essas indefinições com relação do que vai acontecer com a questão da pandemia, mas a gente que por hora, a grande preocupação do mercado é o clima", explica Maximiliano.
Fernando destaca também que o dólar em alta continua mantendo o cenário positivo para exportação do café tipo conilon. Ele destaca que o mercado acompanha ainda a safra do Vietnã, ainda em desenvolvimento e também a safra da Indonésia, que enfrenta grandes problemas na colheita por conta do excesso de chuvas. Além disso, destaca que as exportações do conilon - que registraram aumento nos últimos dados do Cecafé - devem continuar firmes.
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