DA REDAÇÃO: Clima ajuda e região de Luís Eduardo Magalhães (BA) deve ter 2 milhões de hectares com soja, milho e algodão
O clima tem colaborado com boas chuvas e região deve ter expansão de área em todas as culturas. O milho deve vir com aproximadamente 200 mil hectares, a soja com mais de 1 milhão de hectares e o algodão com 400 mil hectares. No total, a região deve ter cerca de 2 milhões de hectares plantados com as três culturas na safra 2011/2012.
Quanto à produtividade, o presidente do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, Vanir Kölln, afirma que a expectativa é de que as lavouras repitam os bons números observados no ano passado com a colaboração do clima.
Como a região tem solo muito fraco devido ao baixo teor de argila, produtor precisa sempre investir muito em tecnologias. No entanto, o acréscimo nas despesas com defensivos, mão-de-obra e investimentos tecnológicos nesta safra não deve prejudicar produtor, pois a boa colheita e a venda positiva garantem rentabilidade. Para Köll, o produtor rural deve estar atendo ao mercado que é muito dinâmico, observando as variações de preços que ocorrem em um mesmo dia e vendendo seu grão de forma fracionada, em busca dos melhores preços.
Na região, cerca de 45% da safra já foi comercializada no mercado futuro. Ano passado, no mesmo período, cerca de 60% já tinha sido vendida. A retração, segundo Kölln, acontece devido à crise europeia e retraiu o mercado nesta safra.
Política Agrícola
“Governo baiano é dinâmico, mas tem se esquecido de investir na área que pode trazer venda maior para o próprio Estado”, afirma o presidente, ao se referir à falta de investimentos em logística e infraestrutura. “Fora do Brasil 95% do produto agrícola é transportado por hidrovia e ferrovia, o que não acontece aqui”, explica.
Segundo Kölln, “é preciso uma política agrícola para que aos poucos possamos reverter essa imagem que o homem urbano tem em relação ao homem do campo. Mesmo por que nós somos os únicos do mundo a preservar 20% da vegetação mais a área de APP e isso nos orgulha, pois somos produtores e ambientalistas, pois temos 20% do nosso capital parado em beneficio da questão ambiental brasileira. O produtor rural trabalha para que mais pessoas possam comer melhor e mais barato.”