DA REDAÇÃO: Aumento do consumo chinês pode sustentar preços da soja por uma década
Na contramão dessa positividade, uma desaceleração do crescimento chinês para 7,5%, anunciada pelo governo desse país, acarretaria numa reversão nos preços das commodities, afirmou o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. Porém, para Alexandre Mendonça e Barros, analista da MBAgro, isso não deve acontecer e, mesmo que aconteça, um crescimento como esse ainda é muito expressivo. “A China diz isso há muito tempo e não consegue”, diz ele, referindo-se à possível desaceleração chinesa.
Exportações – Dentro dessa conjuntura de uma possível sustentação de preços da soja por 10 anos, o Brasil ganha destaque como exportador. De acordo com números da OMC (Organização Mundial do Comércio), o saldo comercial agrícola no mundo tem o Brasil à frente, com US$58 bilhões nas contas da OMC. Em seguida, vem a Argentina, segundo maior mercado, com US$32 bilhões. Em terceiro, estão os Estados Unidos com 26 bilhões.
Na outra ponta desta lista, o país com maior déficit é o Japão com US$67 bilhões e, depois, está a China com US$60 bilhões. Conclui-se que a Ásia tem grande saldo negativo de comércio de alimentos, enquanto a América desponta como grande exportadora. Trata-se de uma “mudança geopolítica”, diz