DA REDAÇÃO: Demanda aquecida deve sustentar cotações em Chicago

Publicado em 14/11/2012 12:48 e atualizado em 14/11/2012 16:19
Grãos: demanda aquecida irá permanecer sustentando as cotações em Chicago. Fluxo de embarques de soja nos EUA é recorde, país já exportou 11,8 milhões de soja no acumulado no ano safra. Relação entre estoque e demanda é mais baixa da história.
Nesta quarta-feira (14), os futuros da soja negociados em Chicago operam com leve altas. Segundo o operador de mercado, Liones Severo, a demanda aquecida deve permanecer sustentando as cotações da oleaginosa. 

Apesar da interrupção nas compras, o fluxo de embarques de produtos dos EUA continua forte, o que é um recorde. O país já exportou cerca de 11,8 milhões de soja no acumulado no ano safra, um aumento de 38% em relação ao ano passado.  

“A demanda é muito forte, não tenho dúvidas que o mercado tem um caminho muito forte com nova corrida de preços. Os embarques são altos e se as exportações continuarem nesse ritmo até março os norte-americanos não terão mais soja para embarcar”, disse Severo.

Com isso, a América do Sul será o único fornecedor de oleaginosa para o mundo. E a relação de estoque e demanda é mais baixa da história, e sempre que isso acontece historicamente o mercado tem o cenário altista, conforme explica o operador. 

Já em relação às notícias de que não teria mais soja disponível nos EUA, o operador sinaliza que os produtores norte-americanos já venderam bastante quando os preços estavam altos. Além disso, em novembro há uma redução nas vendas no país uma vez que ao vender agora os agricultores pagam imposto de renda já em 2013. Mas se comercializarem no ano que vem, irão pagar impostos somente em 2014. 

Ainda de acordo com Severo, o bom andamento da safra na América do Sul não deve impactar tanto o mercado e o que deve ditar os preços é a escassez do produto. “A escassez vai acontecer em algum tempo, a soja norte-americana já tem seus preços muito elevados através do prêmio. Hoje, já foram vendidas 120 mil toneladas de soja para a China, a força comercial física começa a aparecer nesse período de escassez na oferta”, afirma. 

Por outro lado, o excesso de chuvas na Argentina pode influenciar o mercado uma vez que sempre que há risco de integridade da oferta ou do tamanho da safra o mercado coloca um prêmio. O plantio no país segue atrasado, porém a previsão é de tempo mais seco nos próximos dias o que deve avançar a semeadura. 

“O mercado está muito ferido com a avaliação positiva de crescimento da safra dos EUA, foi alto e inesperado para o mercado e muitos fundos tiveram prejuízos e saíram de suas posições”, relata Severo.

Em decorrência desse cenário, o operador orienta que os produtores rurais tenham boas lavouras, plantem bem e produzam, pois terão preços remuneradores haja vista que o mercado está carente de oferta e a demanda é extremamente forte. 
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Por:
Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte:
Noticias Agrícolas

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