DA REDAÇÃO: Soja - cotações devem subir para racionar a demanda

Publicado em 28/11/2012 13:36 e atualizado em 28/11/2012 16:02
Grãos: tendência é que os preços das commodities permaneçam elevados. Exportações norte-americanas de soja são altas, o que significa que haverá redução nos estoques. Cotações devem subir para racionar a demanda pela soja. Já no Brasil, problemas logísticos devem atrasar em torno de 45 dias os embarques da produção brasileira.
A tendência é que as cotações das Commodities Agrícolas permaneçam elevadas, conforme explica o consultor de mercado, Liones Severo. Os preços do trigo seguem sustentados em decorrência da falta do produto no mercado mundial.

Além disso, o consultor sinaliza que o volume das embarcações norte-americanas continua em alta. “O EUA já vendeu todo o óleo que deveriam exportar até o dia 31 de agosto, então existem acordos de donativos com muitos países, então terão que produzir mais óleo para atender esses compromissos, o que significa que os estoques de passagem, que são baixos, irão diminuir”, destaca Severo. 

Diante desse cenário, os preços tendem a subir para racionar a demanda pela oleaginosa. Por outro lado, o mercado terá soja disponível somente com a entrada da safra brasileira em março/13, mas que poderá sofrer atrasos em função dos problemas logísticos. 

“Os embarques deverão atrasar cerca de 45 dias e com isso não vai alcançar o mercado de consumo. Nesse caso, alguns países como a China tendem a se voltar para os EUA e tentar de alguma maneira comprar oleaginosa norte-americana”, relata Severo. 

O consultor ainda destaca que essa situação já é uma realidade nos Portos brasileiros, os navios esperam mais de 45 dias para atracar e carregar. “Esse quadro ainda não foi computado pelo mercado, e quando o mercado de consumo souber que poderá faltar soja para atendimento do esmagamento haverá pânico em relação às compras”, acredita. 

Devido a esse quadro, os compradores chineses poderão comprar soja na Costa Oeste dos Estados Unidos haja vista que o tempo de navegação até a Ásia é mais curto, segundo informa Severo. 

“Alguém vai ter vender, a preços mais altos, porém se vender vai faltar soja para a industrialização. A soja tem potencial de alcançar preços mais altos”, diz.

Ainda na visão do analista, os preços da oleaginosa podem repetir a alta do último dia 04 de setembro, quando atingiu o patamar de US$ 17,94 por bushel. Os problemas climáticos no Brasil também podem influenciar o mercado de Commodities Agrícolas.

“Ano de neutralidade sempre trouxe conseqüências drásticas, principalmente, no RS onde essa situação já incomoda e traz apreensão aos produtores rurais. Já os produtores que ainda não travaram a safra podem esperar um pouco mais, pois podemos ter preços melhores”, finalizou o consultor. 
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Por:
João Batista Olivi/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Para os produtores que exportam por Itaqui,poderá ser o grande ano por ocasião do desespero,e talvez seja o lugar para embarcar para os americanos aquilo que venderão a mais no primeiro semestre.Gostei dos sims,sem rodeios,obrigado Liones .

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  • Marcos Araujo Curitiba - PR

    Caro Severo, concordo com os seus comentarios...estamos vivendo um cenario no "fio da navalha" qualquer quebra de producao o cenario muda drasticamente..Parabens pela entrevista

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