DA REDAÇÃO: Brasil deve produzir 47,8 milhões de sacas de café nesta safra, segundo IBGE

Publicado em 07/02/2013 13:46 e atualizado em 07/02/2013 16:32
IBGE aponta 47,8 milhões de sacas de café nesta safra, desfazendo previsões exageradas, que chegaram a anunciar até 56 milhões de sacas no Brasil. O custo também subiu, e a reação do mercado começa a aparecer nos contratos futuros.
Nesta quinta-feira (7) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a produção de café nesta safra deve alcançar 47,8 milhões de sacas de 60 kg. A estimativa vai à contramão de previsões elevadas de empresas anunciadas anteriormente.  

A produção do café arábica deve registrar uma queda de quase 10% em relação à temporada anterior, passando para 34,9 milhões de sacas de 60 kg. Essa diminuição na safra é decorrente da alternância entre anos de altas e baixas produtividades, altos custos de produção, principalmente, a mão de obra, que pressionaram o mercado em 2012 e podem influenciar negativamente esse ano.

Segundo o superintendente comercial da Cooxupé, Lúcio Dias, os números divulgados pelo órgão estão próximos dos levantados pela cooperativa. O número dos estoques brasileiros é em torno de 28 milhões de sacas do grão até o final do ano passado. O que seria suficiente, conforme explica o superintendente, para sustentar o mercado até junho deste ano. 

“Não sabemos de onde as empresas tiram essas previsões exageradas, haja vista que não possuem infraestrutura nenhuma, mas infelizmente são os números que o mercado quer ouvir. E o mercado acredita, e para reverter essa situação é muito complicada”, destaca Dias.  

Em decorrência desse cenário, o superintendente orienta que, os cafeicultores brasileiros façam vendas escalonadas uma vez que a tendência é que as cotações melhorem no próximo trimestre. O aumento no consumo de cafés mais fracos no mundo inteiro, e com o preço do café robusta se aproximando da cotação do café arábica, um grão deve dar suporte ao outro e consequentemente o mercado pode expressar uma reação, segundo explica Dias.

“A expectativa é que haja uma reversão, o mercado do robusta está se valorizando e não descartamos valorizações no próximo trimestre devido à diminuição da oferta do Vietnã. Vários analistas estão prevendo uma reação nos preços tanto no robusta como no arábica nos próximos seis meses”, disse o superintendente. 
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Por:
João Batista Olivi/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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