DA REDAÇÃO: Soja encerra pregão eletrônico da CBOT com cotações mistas

Publicado em 28/08/2013 10:28 e atualizado em 28/08/2013 12:48
Soja: tensão na Síria pesa sobre o mercado financeiro com investidores buscando aplicações mais seguras. No entanto, clima quente e seco nos Estados Unidos permanece sendo um fator de suporte aos preços.

Nesta quarta-feira (28), após uma sessão volátil, a soja encerrou o pregão eletrônico da Bolsa de Chicago com cotações mistas. O contrato setembro fechou com alta de 2 pontos, já o vencimento novembro encerrou com queda de quase 2 pontos.

De acordo com o analista de mercado, Vlamir Brandalizze, o mercado esta semana já consolidou níveis maiores para as cotações em relação à última semana, com exceção da segunda-feira (26), quando as cotações atingiram um limite de alta frente às condições climáticas nos EUA.

Por outro lado, o mercado esta semana também tem o fator do mercado financeiro agindo na bolsa, principalmente em função da crise que acontece na Síria, com a possibilidade de intervenção dos EUA e de países aliados no território, o que faz com que as bolsas internacionais da Ásia e da Europa trabalhem em baixa e isso também afeta o mercado da soja. “O mercado poderia estar puxando um pouco no clima porque as indicações continuam apontando temperaturas altas e poucas chuvas nos EUA, mas não há a presença da China comprando, o que seria bom para a balança nesse momento”, diz Brandalizze.

A crise na Síria não afeta a oferta e a demanda, já que o país não tem importância para o mercado mundial da soja, mas ela afeta os grandes investidores que atuam na Bolsa de Chicago, que acabam deixando os contratos de commodities agrícolas e migrando para ativos, como o ouro e outros de menor risco, o que retrai um pouco a pressão de compra dos grandes investidores sobre o mercado de commodities.

No entanto, Brandalizze afirma que esse tipo de informação, que é a possibilidade de uma intervenção militar, tem um efeito pontual e, talvez, no pregão da tarde em Chicago, a soja opere em média e alta e o milho, que está um pouco mais pressionado, opere em leve baixa: “Tudo indica que se o clima continuar quente e seco, principalmente nos grandes estados produtores dos EUA, no final desta semana e na próxima semana o mercado volte a pressionar para cima. Também há indicações de que o próximo relatório de condições de lavoura do USDA derrubará mais uma vez a qualidade das plantações, o que irá criar uma pressão sobre a oferta, com o menor potencial produtivo das lavouras”.

No mercado interno nos últimos dias houve a queda do dólar em relação aos números da semana passada, o que limitou parte dos ganhos em dólares. Além disso, nesta semana os prêmios de exportação também recuaram um pouco em função da menor prospecção de compra da China, que não está participando do mercado esses dias, aguardando uma definição da safra norte-americana para decidir se compram dos EUA ou se começa a se posicionar com compras na América do Sul nos próximos meses.

Já a safra velha possui apenas cerca de 8% da produção colhida para ser comercializada nesse momento e esse volume está com poucos comerciantes, que o usam como ativo financeiro para vender nos próximos meses. Com isso, não há uma pressão de venda e também não há muitos compradores, que estão cautelosos em comprar nesse momento de alta nos preços.

Brandalizze diz que para os produtores que ainda têm soja disponível, o mercado não deve cair nos próximos meses, mas no mercado da safra nova as cotações já estão dentro dos níveis que devem ser os mais altos, com vendas futuras rentáveis, e o produtor pode vender aos poucos para fazer uma média.

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Por:
Aleksander Horta e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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