DA REDAÇÃO: Soja – Preço futuro deve alcançar US$ 15,50/bushel nas próximas semanas, diz consultor
O clima seco e quente continua castigando as lavouras norte-americanas no cinturão produtor dos Estados Unidos. E apesar das chuvas localizadas registradas no final de semana, as previsões climáticas, para esta semana, indicam que o tempo deve permanecer quente e seco em várias regiões produtoras.
Segundo o consultor do SIMConsult, Liones Severo, com essa quebra na safra norte-america, os preços futuros devem avançar nas próximas semana na Bolsa de Chicago. A expectativa é que as primeiras posições da soja alcancem o patamar de US$ 15,50/bushel, enquanto que os contratos mais distantes devem chegar a US$ 14,50/bushel.
“O mercado deve avançar em uma direção onde possa haver o racionamento. Há um desequilíbrio da capacidade da oferta e o consumo permanece forte. Até o momento, os EUA já venderam 19.700 milhões de toneladas da safra que ainda será colhida. E mais uma transferência de 1 milhão de toneladas da safra velha que vai embarcar na safra nova”, explica o consultor.
Frente a esse cenário, a perspectiva é que o país tenha um problema no abastecimento, caso não haja uma correção nos preços capaz de estimular um grande aumento de produção ou a contenção da demanda, conforme destaca Severo. Além disso, o consultor ressalta que não há estoques mundiais de grãos.
“O estoque de 72 milhões de toneladas de soja que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) não existe. Nem no milho, tanto que estão levando cereal do Sul para o Norte porque não tem e as indústrias de etanol estão sem milho. Não existem estoques no mundo”, diz Severo.
Milho – Na visão do consultor, as cotações do cereal também podem apresentar uma valorização, uma vez que os preços acompanham as outras commodities. “O pessoal tem comprado soja e vendido milho, mas logo terão que rever essa posição e recomprar soja, milho e trigo”, relata.
China – Já em relação à nação asiática, o consultor acredita que o país deverá continuar demandando milho e trigo. A China também está adquirindo sorgo para a fabricação de rações.