DA REDAÇÃO: Produtores brasileiros acompanham informações do clima nos EUA e ainda aproveitam bons negócios com dólar alto
Após uma sessão de muita volatilidade, o mercado futuro da soja terminou a sexta-feira (06) em campo misto na Bolsa de Chicago. Nem mesmo projeções de consultorias privadas que já contestam as projeções iniciais para a produção da soja e do milho nos Estados Unidos foram capazes de derrubar os preços que se sustentam nas previsões climáticas muito adversas sobre a safra 2013/14 no país.
Segundo o consultor de mercado Ênio Fernandes, este é um sinal muito positivo para uma sessão em que investidores poderiam garantir ganhos realizando lucros, na expectativa da atualização dos números de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) irá divulgar na próxima sexta-feira (12).
É sobre essa expectativa que o consultor acredita em uma semana de muita volatilidade na bolsa internacional. Além disso, são as previsões ora de chuvas, ora de umidade insuficiente para corrigir as perdas nas lavouras norte-americanas que dão o suporte dos preços. A cada dia sem chuva, a quebra na produtividade da soja tende somente a aumentar. Já para o milho, os riscos já estão praticamente eliminados, avalia Fernandes.
Notícias ainda dão conta de que não há mais reservas de soja nos EUA, somente há ainda grão disponível na América do Sul, principalmente no Brasil. Ênio confirma estoques brasileiros e elogia a estratégia dos produtores que, atentos às notícias climáticas, acompanham o bom momento do dólar e negociam o grão remanescente da última temporada compassadamente, garantindo ainda bons lucros antes do início do plantio da safra 2013/14.